Saúde
VÍDEO: exigência do “passaporte da vacina” pelo Brasil causa confusão em aeroporto da Argentina
Passageiros vacinados com Sputnik V que viajariam para Florianópolis, em voo da Flybondi, foram proibidos de embarcar e criaram um tumulto no terminal de Buenos Aires
Como se sabe, desde a última segunda (13/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) uma liminar para cumprimento da exigência do chamado “passaporte da vacina” (comprovante de imunização) para quem chega ao Brasil. A decisão causou problemas para turistas da Argentina que pretendiam viajar até Florianópolis (SC).
De acordo com o jornal argentino La Nacion, na noite da última quinta (16/12), no aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, vários passageiros do voo 5950, da empresa aérea Flybondi, criaram confusão ao saber que não poderiam embarcar na aeronave devido a uma resolução do governo brasileiro que os impedia de entrar no país.
O periódico afirma que os passageiros estavam imunizados com a vacina Sputnik V, fabricada na Rússia, e que não seria reconhecida como válida para a autorização de acesso ao Brasil.
Vídeos divulgados pelo La Nacion mostram os passageiros gritando e reclamando com os funcionários da companhia aérea. “Queremos voar! Queremos voar!”, afirmam vários argentinos que aguardavam o embarque para Florianópolis.
“Estávamos fazendo fila para o check-in e eles começaram a revisar as vacinas. Quando viram que alguns passageiros tomaram duas doses da Sputnik V, avisaram que há dois dias foi emitida uma resolução que os proibia de entrar no país [Brasil]”, afirma o passageiro Alejo Salaverri ao site argentino.
Ao La Nacion, uma fonte da Flybondi explica que o Brasil “muda as condições todos os dias”. Na verdade, a Anvisa está seguindo a portaria interministerial 661, de 8 de dezembro, que fala sobre a exigência de teste e vacina contra a Covid-19 para viajantes que chegam ao país.
Em nenhum momento a portaria lista os imunizantes que são obrigatórios para a entrada dos viajantes. No Brasil, atualmente, apenas quatro vacinas estão aprovadas para uso nos cidadãos: Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca e Janssen. A Sputnik V e a Covaxin, da Índia, possuem apenas autorização “excepcional” de importação.
Segundo o jornal argentino, depois da meia-noite, a situação no aeroporto Ezeiza foi resolvida e os passageiros, inclusive os que receberam duas doses da Sputnik V, puderam embarcar no voo da FLybondi. Ficou de fora apenas uma minoria que não recebeu nenhum imunizante.