Saúde
Vacinas da Pfizer e Moderna deverão alertar sobre risco de inflamação no coração
A “Vigilância Sanitária” dos EUA decidiu incluir o alerta de risco, muito baixo, de miocardite e pericardite nos dois imunizantes para covid-19
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, espécie de Vigilância Sanitária, emitiu um comunicado na última sexta (26/6) confirmando que as vacinas para covid-19 da Pfizer-BioNtech e da Moderna estão associadas a duas inflamações do coração, mesmo que o risco seja considerado raro.
De acordo com a emissora americana CNBC, os folhetos informativos sobre cada imunizante foram revisados para incluir um aviso sobre o risco de miocardite e pericardite após a segunda dose, com o início dos sintomas alguns dias após a vacinação.
Miocardite é a inflamação do músculo cardíaco e pericardite é a inflamação do tecido que envolve o coração.
A FDA lembra que os benefícios de receber a vacina contra o novo coronavírus ainda superam qualquer risco.
“O risco de miocardite e pericardite parece ser muito baixo, dado o número de doses que foram administradas. Os benefícios da vacinação contra covid-19 continuam a superar os riscos, dado o perigo das complicações relacionadas ao coronavírus, potencialmente graves”, afirma Janet Woodcock, comissária em exercício da FDA, citada pela emissora.
A CNBC cita um documento apresentado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA que revelou mais de 1.200 casos de miocardite ou pericardite, principalmente em pessoas com 30 anos ou menos, que receberam doses das vacinas Pfizer e Moderna.
Como foram administradas cerca de 300 milhões de doses até 11 de junho, de acordo com a emissora, a taxa de pessoas com inflamação no coração chegou a apenas 12,6 a cada grupo de um milhão, para os dois imunizantes.