Saiba mais sobre a mucormicose causada pelo fungo preto

Como se não bastassem os milhares de casos de covid-19, a Índia está enfrentando também uma onda de infecções por fungo preto, chamada mucormicose.

Como mostra o site americano especializado em saúde WebMD, a mucormicose, também conhecida como fungo preto, é uma infecção rara, mas perigosa. É causada por fungos dos gêneros Rhizopus, Rhizomucor e Mucor e costuma afetar os seios da face, pulmões, pele e cérebro.

A vítima pode inalar os esporos do mofo ou entrar em contato com eles no solo ou nos produtos mofados.

A infecção pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade. A maioria das pessoas entra em contato com o mucor em algum momento da vida. Mas a mucormicose surge quando o sistema imunológico está enfraquecido, como é o caso dos indianos que sofrem com o novo coronavírus.

De acordo com o WebMD, o fungo pode entrar no organismo também por lesões na pele, como queimadura, corte ou ferimento. Mas vale dizer que a doença não é contagiosa.

Sintomas da mucormicose

O site especializado explica que os sintomas da mucormicose dependem de onde o fungo está crescendo no corpo.

Os principais sinais da doença podem incluir:

• Febre
• Tosse
• Dor no peito
• Falta de ar
• Inchaço de um lado do rosto
• Dor de cabeça
• Congestão nasal
• Lesões pretas na ponta do nariz ou dentro da boca
• Dor de barriga
• Náusea e vômito
• Sangramento gastrointestinal
• Sangue nas fezes
• Diarreia

Se sua pele estiver infectada, a área pode parecer empolada, vermelha ou inchada, afirma o WebMD.

A infecção também pode se espalhar para outras partes do corpo por meio do sangue. Isso é chamado de mucormicose disseminada. “Quando isso acontece, o fungo pode afetar órgãos como o baço e o coração. Em casos graves, você pode ter alterações em seu estado mental ou entrar em coma. Pode até ser mortal”, esclarece o site americano.

Tratamento e prevenção da mucormicose

Pessoas infectadas pelo fungo preto precisam receber medicamentos específicos. O médico pode prescrever altas doses por via intravenosa até que a infecção esteja sob controle, o que pode levar várias semanas. Então, o paciente passa a receber comprimidos.

Em casos graves, segundo o WebMD, pode ser feita cirurgia para remover o tecido infectado ou morto para evitar que o fungo se espalhe. “Isso pode incluir a remoção de partes do nariz ou olhos. Pode ser desfigurante. Mas é crucial para tratar essa infecção potencialmente fatal”, diz o site especializado em saúde.

Infelizmente não há como evitar que os esporos entrem no organismo. Mas algumas atitudes ajudam a diminuir as chances de surgimento da mucormicose, especialmente se você tiver um problema de saúde que aumente o risco: fique longe de áreas com muita poeira ou solo ou use máscara N95; evite contato com água poluída, como enchentes.