Saúde

Saiba mais sobre a esclerose múltipla, que afeta a atriz Christina Applegate

Doença não tem causa conhecida, é incurável, mas existem tratamentos que amenizam os sintomas e evitam recaídas

Por João Paulo Martins  em 10 de agosto de 2021

Em tuíte compartilhado nesta terça (10/8), a atriz Christina Applegate revelou ser vítima da esclerose múltipla (Foto: Instagram/1capplegate/Reprodução)

Nesta terça (10/8), a atriz americana Christina Applegate, de 49 anos, famosa por interpretar Kelly Bundy na série de comédia Um Amor de Família (Married… With Children), exibida no Brasil na década de 1990 pela TV Bandeirantes, revelou aos fãs que foi diagnosticada com esclerose múltipla.

“Oi amigos. Há alguns meses, fui diagnosticada com esclerose múltipla. Foi uma jornada estranha. Mas tenho recebido tanto apoio de conhecidos que também têm essa condição. Está sendo uma caminhada difícil. Mas, como todos sabemos, a estrada continua. A menos que algum idiota a bloqueie”, diz a artista em sua conta oficial no Twitter.

Como mostra o site americano especializado em notícias científicas Medical News Today, a esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central – o corpo passa a atacar e danificar a camada protetora do cérebro.

O revestimento danificado interrompe a comunicação entre o sistema nervoso central, a medula espinhal, os nervos ópticos e o resto do corpo. Isso resulta em inúmeros sintomas.

“A causa exata da esclerose múltipla é desconhecida, mas os pesquisadores acreditam que envolve certos fatores genéticos e ambientais. Não há cura. No entanto, os médicos podem recomendar vários tratamentos para retardar sua progressão, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença”, informa o Medical News Today.

Tratamento da esclerose múltipla

Como não há cura para a esclerose múltipla, o tratamento recomendado pelos especialistas como objetivo:

  • Retardar o curso da doença
  • Amenizar os sintomas
  • Tratar possíveis recaídas da doença (ou ataques)
  • Melhorar e manter o funcionamento do organismo

“A maioria dos pacientes com esclerose múltipla possui uma equipe de profissionais de saúde trabalhando em seus cuidados. O neurologista é especialista na doença e atua como líder da equipe. Ele faz o diagnóstico e sugere opções de tratamento”, explica o site especializado.

O tipo de tratamento e varia de pessoa para pessoa e a equipe de profissionais pode incluir: enfermeiro, nutricionista, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social e urologista.

Existem muitos medicamentos aprovados no tratamento da esclerose múltipla no Brasil. Esses remédios, também chamados de terapias modificadoras da doença, podem ser orais, injetáveis e de infusão.

Além do tratamento, é recomendado mudar alguns hábitos e comportamentos.

Adotar um estilo de vida saudável pode ajudar uma pessoa a controlar os sintomas da esclerose múltipla. De acordo com o Medical News Today, essas mudanças incluem:

  • Manter uma rotina regular de exercícios para ajudar com espasmos musculares, equilíbrio e depressão
  • Fazendo períodos regulares de descanso para ajudar com a fadiga
  • Praticar uma boa higiene do sono para melhorar uma sensação geral de bem-estar
  • Manter uma dieta rica em nutrientes e fibras e pobre em alimentos ultraprocessados para reduzir o risco de complicações como prisão de ventre ou doenças cardiovasculares
  • Manter níveis adequados de vitamina D, que pode ajudar a diminuir as taxas de recaída (ataques)
  • Não fumar e limitar a ingestão de álcool para ajudar a diminuir problemas de equilíbrio, urgência urinária e depressão

Sintomas

Os sintomas da esclerose múltipla dependem da área do sistema nervoso central afetada pela doença. Portanto, eles podem variar de leves a graves e podem ir e vir ou mudar ao longo do tempo.

Conforme o site americano, os principais sintomas incluem:

  • Dor de cabeça
  • Coceira
  • Visão turva, dor nos olhos e visão dupla
  • Dormência ou formigamento
  • Hesitação, fraqueza, fadiga e mal-estar
  • Espasmos e tremores
  • Mudanças de humor, tristeza, estresse, ansiedade e depressão
  • Perda auditiva
  • Desequilíbrios frequentes, quedas e dificuldade para caminhar
  • Micção noturna e perda do controle da bexiga
  • Perda de controle do intestino
  • Névoa no cérebro ou dificuldade para pensar
  • Dificuldade para engolir
  • Convulsões
  • Pedras nos rins
  • Dificuldades para respirar e falar
Carregar Mais