Saúde

Poderia gerar um surto? Casos de febre de Lassa no Reino Unido preocupam

Dois pacientes foram confirmados com a doença típica da África Ocidental e que é semelhante ao temido ebola

Por João Paulo Martins  em 11 de fevereiro de 2022

(Foto: Freepik)

 

Duas pessoas que vivem no leste da Inglaterra foram diagnosticadas com febre de Lassa, uma doença viral extremamente grave. Segundo a emissora estatal britânica BBC, os pacientes haviam viajado para a África Ocidental.

Um terceiro “caso provável” também está sob investigação e sendo tratado no hospital do Sistema Nacional de Saúde (National Health System) do Reino Unido, em Bedfordshire.

Conforme a emissora, todos os casos estão ligados a membros de uma mesma família.

A maioria das pessoas que se infectam com a febre de Lassa se recupera totalmente, mas casos graves podem ser fatais, alerta a BBC.

Normalmente, a contaminação pelo vírus ocorre por meio de alimentos ou utensílios domésticos contaminados com urina ou fezes de ratos infectados. O micro-organismo também pode ser transmitido por fluidos corporais.

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UK Health Security Agency) diz que um dos casos confirmados se recuperou e o outro receberá atendimento especializado em Londres, na Inglaterra.

 

Sobre a febre de Lassa

 

Assim como o temido ebola, a febre de Lassa, pode ser transmitida por meio do contato com fluidos corporais (sangue, saliva, urina ou sêmen) de pessoas infectadas ou em contato com a urina ou fezes de roedores que carregam a doença.

Como mostra a BBC, o vírus geralmente causa febre e sintomas semelhantes aos da gripe, mas pode causar sangramento pelo nariz, boca e outras partes do corpo. A maioria das pessoas se recupera totalmente, mas a doença pode ser fatal.

Descrita como uma prima do ebola, a febre de Lassa é endêmica em vários países da África Ocidental, alerta a emissora britânica.

“Os casos de febre de Lassa são raros no Reino Unido e não se espalham facilmente entre as pessoas. O risco geral para o público é muito baixo. Estamos conversando com as pessoas que tiveram contato próximo com os casos antes da confirmação da infecção, para fornecer avaliação, apoio e aconselhamento adequados”, explica Susan Hopkins, consultora médica chefe da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, citada pela BBC.

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