Saúde
Neozelandesa morre por overdose de paracetamol, famoso analgésico e antitérmico
Joan Bergin vivia no Reino Unido e tomou doses do antigripal Lemsip acima do recomendado
A neozelandesa Joan Ita Bergin, de 58 anos, que mora em Lostock Hall, no condado de Lancashire, no Reino Unido, foi levada às pressas para o hospital no Natal do ano passado e acabou morrendo 13 dias depois de insuficiência hepática após uma overdose de paracetamol (antitérmico e analgésico).
Ela estava há uma semana com tosse e peito cheio, em dezembro, e decidiu beber a versão em chá do medicamento antigripal Lemsip Max, produzido pela farmacêutica britânica Reckitt Benckiser, informa o jornal Metro do Reino Unido.
O filho Matthew precisou chamar uma ambulância durante o Natal quando percebeu que a condição de sua mãe havia se deteriorado. Ela foi levada para o hospital Royal Preston, em Lancashire, e os testes revelaram que ela tinha enzimas hepáticas “significativamente elevadas” e baixo nível de oxigenação.
Joan Bergin foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas seu quadro piorou e foi diagnosticada com insuficiência hepática. Médicos especialistas da Enfermaria Geral de Leeds (Leeds General Infirmary) foram consultados e afirmaram que não havia outras opções disponíveis para o tratamento, segundo o periódico.
A neozelandesa de 58 anos acabou morrendo às 15h25 de sexta (7/1).
Um inquérito policial foi aberto e descobriu que Bergin também tinha antecedentes de uso excessivo de álcool. Em comunicado, citado pelo Metro, o filho Matthew diz que a mãe bebia de três a quatro latas de cidra por dia antes do trabalho e até 10 latas nos fins de semana.
Ainda conforme o inquérito policial, a neozelandesa estava bebendo um sachê de Lemsip a cada quatro horas. O problema é que a dose máxima recomendada de Lemsip é um sachê, contendo 1.000 mg de paracetamol, a cada quatro ou seis horas.
De acordo com o jornal britânico, enquanto estava internada, Joan Bergin recebeu Parvolex, um antídoto para overdose de paracetamol, mas continuou a ter episódios de vômito de sangue.
A causa de morte foi dada como falência múltipla de órgãos, pneumonia e insuficiência hepática aguda secundária devido a overdose não intencional de paracetamol.
“Estamos muito tristes ao saber do caso de Joan Ita Bergin. Enviamos nossas mais profundas condolências à sua família […] Em relação ao Lemsip Max Sachets, gostaríamos de lembrar aos consumidores que não excedam mais de quatro sachês em 24 horas, deixar pelo menos de quatro a seis horas entre as doses. Se os sintomas persistirem por mais de três dias ou piorarem, consulte um farmacêutico e chame um médico imediatamente se piorarem”, diz a Reckitt Benckiser em comunicado enviado ao metro.