Saúde

Johnson & Johnson é acusada de vender produto “cancerígeno” às mulheres negras

Famoso advogado americano de direitos civis Ben Crump acusa a gigante biofarmacêutica de induzir as afro-americanas a comprarem seu talco para bebês que é associado ao câncer de ovário

Por João Paulo Martins  em 27 de julho de 2021

O talco da Johnson & Johnson vem sendo acusado de conter amianto e provocar câncer de ovário (Foto: iStock)

O advogado americano Benjamin Lloyd Crump (Ben Crump), famoso por trabalhar com causas de direitos civis e vítimas de catástrofes, está processando a biofarmacêutica americana Johnson & Johnson por colocar em risco mulheres negras que usaram o famoso talco associado ao câncer. A informação foi divulgada pelo site americano de fofocas TMZ.

Ben Crump anunciou nesta terça (27/7) que junto ao colega advogado Paul Napoli levarão a gigante dos produtos farmacêuticos ao tribunal em nome do Conselho Nacional de Mulheres Negras dos EUA.

Segundo o advogado de direitos civis, citado pelo site de fofocas, tudo se resume a uma suposta campanha realizada há décadas pela Johnson & Johnson que ele diz “tentar fazer com que as mulheres afro-americanas comprem seus famosos produtos em pó com publicidade e marketing sob medida”.

Claro que ele está se referindo ao talco, mais conhecido pela versão para bebês, que Ben Crump afirma ter sido objeto de pesquisas e estudos relacionados ao câncer de ovário.

Vale lembrar que no início de junho deste ano, de acordo com o jornal espanhol El País, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um recurso da biofarmacêutica no qual pedia para não pagar uma indenização de quase R$ 11 bilhões resultante de um processo movido por mais de 20 mulheres que tiveram câncer de ovário e culparam o talco em pó por conter amianto (conhecido por ser cancerígeno).

Ao TMZ, o advogado americano revela ter informações privilegiadas, incluindo memorandos internos da empresa, que provam os supostos esforços para que mulheres negras comprem o famigerado talco. Ben afirma ter dados para apoiar a sugestão de que as mulheres afro-americanas eram o foco desses esforços de vendas e que, em geral, funcionaram.

Mais do que isso, o especialista em direitos civis alega que a Johnson & Johnson sabia que seu produto era um “veneno para o corpo”.

Conforme o site de fofocas, agora, o advogado está convidando qualquer pessoa que possa ter sido afetada a fazer parte do processo judicial por danos potenciais e/ou qualquer acordo que possa resultar disso.

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