Saúde

“Gene da Angelina Jolie” aumenta risco de câncer de próstata e de pâncreas em homens

Estudo mostra que as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, como foi o caso da atriz americana, também apresenta risco para os homens

Por João Paulo Martins  em 26 de janeiro de 2022

A atriz Angelina Jolie retirou os seios e o ovário devido a uma mutação no gene BRCA1 (Foto: Instagram/angelinajolie/Reprodução)

 

O chamado “gene de Angelina Jolie”, que pode aumentar o risco de câncer de mama em mulheres, também pode elevar as chances de homens desenvolverem tumor na próstata e no pâncreas, segundo estudo publicado online na última sexta (21/1) no periódico científico Journal of Clinical Oncology.

Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que ajudam as células a crescerem normalmente, são conhecidas há tempos por aumentarem a probabilidade de câncer de mama e ovário. A atriz americana Angelina Jolie, de 46 anos, revelou em 2013 que havia se submetido a uma dupla mastectomia e teve seus ovários removidos porque carregava uma mutação do BRCA1.

Segundo o jornal britânico The Times, a pesquisa analisou mais de 7.500 pessoas que carregam cópias defeituosas dos genes e confirmou a associação com tumores. Homens com mutação do gene BRCA2 têm um risco 27% maior de desenvolver câncer de próstata aos 80 anos – mais que o dobro dos não portadores.

Carregar uma cópia defeituosa de BRCA1 ou BRCA2 também mais que dobra o risco de desenvolver câncer de pâncreas aos 80 anos, para cerca de 3%, revela o periódico britânico.

As mutações no BRCA2 também elevam as chances de câncer de estômago em quase três vezes para os homens, para cerca de 3%, e quase sete vezes para as mulheres até os 80 anos.

Vale dizer que o número de participantes do estudo é considerado pequeno e mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas.

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