Saúde

Britânicos duplamente vacinados que pegam covid estão infectando parentes, diz estudo

Cientistas descobrem que se quem recebeu as duas doses das vacinas contra o coronavírus pega a doença, passa a transmitir da mesma forma que os não imunizados

Por João Paulo Martins  em 28 de outubro de 2021

(Foto: Freeimages)

 

Pessoas do Reino Unido que receberam as duas doses das vacinas contra covid-19 passaram a infectar parentes que não estavam protegidos, segundo estudo publicado nesta quinta (28/10) no periódico científico The Lancet Infectious Diseases.

Segundo a emissora estatal britânica BBC, quem foi devidamente imunizado com as duas doses, ao contrair a doença, pode ser tão infeccioso quanto os que se contaminaram pelo novo coronavírus sem terem sido vacinados.

Mesmo que os vacinados não tenham sintomas, a chance de transmitirem o vírus para quem vive na casa deles ou têm contato com eles é de cerca de duas em cada cinco, ou 38%, de acordo com a emissora.

Esse risco cai para um em cada quatro, ou 25%, se os parentes também estiverem totalmente vacinados.

O estudo reforça a ideia de que é importante vacinar e proteger o maior número de pessoas e que quem não foi imunizado deve ter os devidos cuidados de higiene em relação aos parentes já vacinados.

A BBC lembra que os imunizantes são ótimos para evitar quadros graves e mortes por covid-19, mas não impedem a contaminação, especialmente em relação à variante Delta do coronavírus, que é mais infecciosa e está dominando os casos no Reino Unido.

A pesquisa recém-publicada foi realizada entre setembro de 2020 e setembro de 2021 e avaliou 440 residências nas cidades britânicas de Londres e Bolton por meio do teste PCR.

Como mostra a emissora estatal, quem recebeu as duas doses das vacinas possuem um risco menor, mas ainda considerável de se infectar com a variante Delta em comparação com as não imunizadas.

Essas pessoas também vencem a covid mais rapidamente, mas seu pico de carga viral (fase mais infecciosa) é semelhante ao observado em quem não recebeu vacina, diz o estudo, citado pela BBC.

Carregar Mais