Cultura

Doodle do Google celebra a ativista indígena brasileira Rosane Mattos Kaingang

Ela foi responsável por garantir os direitos humanos dos provos indígenas do Brasil após participar da conferência Eco 92, da ONU

Por Da Redação  em 03 de junho de 2022

Doodle do Google homenageia a ativista indígena Rosane Mattos Kaingang (Foto: Google.com.br/Reprodução)

 

O Doodle (logomarca comemorativa) do buscador Google desta sexta (3/6) celebra o espírito inabalável de Rosane Mattos Kaingang, ativista indígena brasileira que trabalhou incansavelmente para lutar pelos direitos dos índios. Ela trouxe representação para a comunidade indígena do Brasil e desempenhou um papel fundamental para ajudar o Conselho de Direitos Humanos da ONU na investigação de violações de direitos contra indígenas brasileiros. Neste dia de 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, sediada no Rio de Janeiro (ou Eco 92), ela iniciou sua vida de serviço ao movimento indígena.

Rosane era descendente do povo Kaingang, etnia indígena originária principalmente dos estados do sul do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu nome indígena, Kokoj, significa “beija-flor”, e foi dado a ela durante uma cerimônia em homenagem à sua bisavó, que morreu aos 120 anos. Assim como seu nome, tudo o que ela mais tarde trabalhou estava fortemente enraizado em sua comunidade e herança.

A luta de Rosane Mattos Kaingang ganhou visibilidade com a Eco 92 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Divulgação)

Ela passou sua vida adulta lutando pelo reconhecimento de territórios legítimos, desenvolvimento comunitário sustentável e acesso a educação e serviços médicos de qualidade. Kaingang também foi fundamental para conscientizar as lutas das mulheres indígenas. Como uma das fundadoras do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas do Brasil, ajudou a criar uma estrutura para que as mulheres indígenas se organizassem e protestassem como um corpo maior. Esses protestos exigiram um acesso mais amplo a recursos e direitos trabalhistas indígenas.

Kaingang também representou vários outros grupos de reforma social, com destaque para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, a Articulação dos Povos Indígenas do Sul e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Ela participou de dezenas de reuniões, seminários, audiências e esforços de mobilização que defendiam um futuro mais justo para os indígenas brasileiros.

Kaingang é lembrada por sua dedicação e amor à comunidade indígena – uma verdadeira guerreira que nunca se calou diante da injustiça e da adversidade. Ela faleceu em outubro de 2016, aos 54 anos.

Esboços do Doodle desta sexta (3/6) feitos pela equipe de arte do Google (Foto: Google.com/Reprodução)
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