Cultura

Disney diz que vai lutar contra a lei “don’t say gay”, que proíbe discussão de gênero nas escolas da Flórida

A empresa fundada por Walt Disney veio a público anunciar que ajudará a comunidade LGBTQ+ contra a controversa lei recém sancionada

Por Da Redação  em 30 de março de 2022

Na assinatura da lei “don’t say gay”, o governador da Flórida Ron DeSantis diz que não liga para as críticas (Foto: Twitter/GovRonDeSantis/Reprodução)

 

Em publicação compartilhada no Twitter, a Disney prometeu ajudar a derrubar a controversa lei da Flórida que proíbe a discussão sobre identidade de gênero e orientação sexual em sala de aula.

Ativistas LGBTQ, estrelas de Hollywood e demais críticos à nova legislação a apelidaram de lei “don’t say gay” (“não diga gay”) e argumentam que pode marginalizar a comunidade que minoritária.

O governador da Flórida, o controverso republicano Ron DeSantis, potencial candidato à presidência dos EUA em 2024, sancionou o projeto na última segunda (28/3) depois de insistir que cabe aos pais decidir quando seus filhos devem aprender sobre identidade de gênero e orientação sexual.

A empresa Walt Disney Company, a maior empregadora e grande doadora política na Flórida, inicialmente tentou evitar o debate, mas após uma reação significativa de seus próprios funcionários, acabou condenando a lei.

 

 

“Nosso objetivo como empresa é que esta lei seja revogada pelo legislativo ou derrubada nos tribunais, e continuamos comprometidos em apoiar as organizações nacionais e estaduais que trabalham para conseguir isso. Estamos dedicados a defender os direitos e a segurança dos membros LGBTQ+ da família Disney, bem como da comunidade LGBTQ+ na Flórida e em todo o país”, diz o post divulgado na segunda pela empresa fundada por Walt Disney.

Como mostra o jornal britânico The Times, o governador DeSantis, de 43 anos, que concorrerá à reeleição em novembro, rejeitou publicamente as críticas que vem recebendo devido à polêmica lei, especialmente de celebridades, como os anfitriões do Oscar no último domingo (27/3).

“Se esse é o tipo de pessoa que está se opondo aos direitos dos pais, eu as uso como um distintivo de honra. Não me importo com o que dizem os meios de comunicação, não me importo com o que Hollywood diz, não me importo com o que as grandes corporações dizem. Aqui estou e não vou recuar”, afirma o republicano durante a assinatura da lei “don’t say gay”.

A nova legislação dos direitos dos pais na educação proíbe instrução e discussão sobre orientação sexual e identidade de gênero para crianças do jardim de infância à terceira série do ensino fundamental.

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