Cultura

Confira imagens inéditas da expedição de 1986 que chegou pela 1ª vez aos destroços do Titanic

A divulgação do vídeo completo da missão que mergulhou quase 4.000 km no Atlântico faz parte da celebração aos 25 anos do lançamento do filme de James Cameron

Por João Paulo Martins  em 16 de fevereiro de 2023

Imagens inéditas da descoberta dos destroços do Titanic foram reveladas na última quarta (15/2) (Foto: YouTube/Woods Hole Oceanographic Institute/Reprodução)

 

Desde que o transatlântico RMS Titanic afundou no oceano Atlântico em abril de 1912, pesquisadores e exploradores passaram décadas vasculhando o mar em busca dos destroços do naufrágio do icônico navio. Mas somente em 1985 uma equipe formada por cientistas franceses e americanos conseguiu localizá-lo a cerca de 4.000 m de profundidade, a 740 km da costa de Newfoundland, no Canadá.

Agora, como parte das celebrações dos 25 anos de lançamento do filme Titanic (1997), dirigido por James Cameron e estrelado por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, imagens inéditas e sem cortes da expedição aos destroços do transatlântico foram reveladas na noite da última quarta (15/2) pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole (Woods Hole Oceanographic Institute), uma ONG de pesquisa oceânica localizada em Massachusetts (EUA). O vídeo de 81 minutos, publicado no YouTube, mostra os destroços do Titanic meses depois de ter sido descoberto. Foi a primeira vez que o gigantesco navio voltou a ser visto desde o naufrágio.

De acordo com o jornal americano The Washington Post, os destroços foram encontrados usando um sistema de localização por sonar e mini-submarino equipado com câmera subaquática.

 

(Foto: Instagram/whoi.ocean/Reprodução)
(Foto: Instagram/whoi.ocean/Reprodução)
(Foto: Instagram/whoi.ocean/Reprodução)

 

A filmagem foi feita em julho de 1986, quando pesquisadores liderados pela ONG oceanográfica usaram tecnologia de ponta para a época e um veículo operado remotamente, o Jason Jr., para filmar o exterior do Titanic e alguns cômodos dentro do navio. A gravação apresenta, entre outras coisas, a proa da embarcação, a cabine de um oficial chefe, uma janela da área de passageiros, detritos e um lustre que ainda estava pendurado no teto.

O famoso transatlântico foi considerado “inafundável” pela imprensa antes de sua viagem inaugural partindo do porto de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova Iorque (EUA). Mas em 14 de abril de 1912, o Titanic viajava a cerca de 37 km/h quando atingiu um enorme iceberg e afundou lentamente alcançando quase 4.000 m de profundidade no Atlântico Norte. Como lembra o jornal americano, dos 2.227 passageiros e tripulantes que estavam a bordo do navio de quase 270 m de extensão e mais de 46.000 toneladas, apenas 705 sobreviveram.

Desde a descoberta dos destroços, partes significativas da estrutura restante da embarcação desabaram ou desapareceram, gerando acusações de saques e até a assinatura de um tratado para proteger os destroços.

“Mais de um século após a perda do Titanic, as histórias humanas incorporadas no grande navio continuam a ressoar”, disse James Cameron, diretor do premiado drama romântico, em comunicado citado pelo The Washington Post. “Como muitos, fiquei extasiado com as imagens de dentro do naufrágio”.

 

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