Cultura
Catalunha, na Espanha, pede perdão pela morte de mulheres acusadas de bruxaria
Parlamentares catalães chamaram de misógina a “caça às bruxas” realizada entre os séculos XV e XVIII
O parlamento da região autônoma da Catalunha, na Espanha, pediu perdão oficialmente às centenas de mulheres que foram executadas, acusadas de bruxaria, entre os séculos XV e XVIII.
Segundo a emissora estatal britânica BBC, os parlamentares aprovaram uma resolução que relembra as mais de 700 mulheres que foram torturadas e condenadas à morte. O ato foi chamado de misoginia pela casa legislativa.
Historiadores espanhóis descobriram que a Catalunha foi uma das primeiras regiões da Europa a realizar a chamada “caça às bruxas”, revela a emissora. Também foi considerada uma das piores áreas em número de execuções.
“Recentemente, descobrimos os nomes de mais de 700 mulheres que foram perseguidas, torturadas e executadas entre os séculos XV e XVIII”, afirmam parlamentares responsáveis pela resolução recém-aprovada, citados pela BBC.
Acredita-se que dezenas de milhares de pessoas, principalmente mulheres, foram condenadas à morte por feitiçaria em toda a Europa, diz a emissora britânica.
Iniciativas como as da Catalunha foram realizadas na Escócia, Suíça e Noruega.
“Antes nos chamavam de bruxas, agora nos chamam de ‘feminazis’ ou histéricas ou sexualmente frustradas. Antes era caça às bruxas, agora, chamamos de femicídios”, comenta a deputada regional Jenn Diaz, do partido catalão ERC, citada pela BBC.