Americano lança música de amor que fez para a esposa há 64 anos

O americano Morton Block, de 82 anos, morador da Filadélfia, acaba de lançar seu primeiro single: uma canção de amor que escreveu para a esposa há 64 anos.

A música My Love foi compartilhada pelo idoso na plataforma chinesa TikTok, em 18 de março, com graças à ajuda do neto Matt Block. A composição em formato de jazz já conta com mais de 1,5 milhão de visualizações.

No vídeo do TikTok, a canção é ilustrada por imagens da lua de mel de Morton com a esposa Susan em 1960.

Segundo a revista americana Newsweek, os dois se conheceram quando ele tinha 19 anos e, ela, 17. Ele estava na marinha, na época, e, depois de um encontro com Susan em Atlantic City (EUA), foi enviado para a Europa.

À revista, ele conta que estava apaixonado por ela e, em 1958, durante a viagem de navio, compôs a melodia de My Love.

“Sinto sua falta cada dia mais, desde que você se foi, anseio pelo seu toque, preciso tanto de você, meu amor”, diz trecho da letra da música que, finalmente, foi lançada 64 anos depois.

Apesar de Morton ter mantido o lado musical ao longo da vida, de acordo com a Newsweek, ele teve outras carreiras, trabalhando com consultoria e vendas de itens de cozinha e banheiro. Ele só se aposentou quando a pandemia começou em 2020, aos 80 anos.

Décadas depois que o idoso escreveu My Love, seu neto Matt, que mora no Brooklyn, em Nova Iorque (EUA), decidiu que o mundo precisava conhecer a obra.

Inspirado no amor que o avô tem pela música, Matt e seu irmão Jacob fundaram uma gravadora chamada La Reserve, em 2017. Um dia, quando estava de férias e foi visitar o avô, o ouviu cantar My Love. Ele já tinha ouvido Morton tocar antes, mas naquele momento, a ideia de lançá-la em sua gravadora se tornou real.

“Nós sempre fizemos música juntos, só nós dois, na casa dele”, conta Matt à revista americana.

Morton diz à Newsweek que quando ouviu pela primeira vez a versão gravada junto com a esposa, ficaram emocionados. Susan chorou de alegria.

“Nós simplesmente não podíamos acreditar. Apenas sentamos, ouvimos e lembramos como éramos naquela época”, conta o americano à revista.