Ciência

VÍDEO: dezenas de golfinhos ficam encalhados em iate clube de Ushuaia, na Argentina

As cenas mostram que, de forma repentina, os animais se dirigiram para perto de um cais, onde acabaram encalhados

Por João Paulo Martins  em 14 de fevereiro de 2022

Por sorte, moradores e especialistas ajudaram a salvar os golfinhos encalhados (Foto: Facebook/ViaUshuaia.com.ar/Reprodução)

 

Ao meio-dia do último domingo (13/2), moradores do iate clube de Ushuaia, na Argentina, presenciaram um evento inusitado quando mais de uma dúzia de golfinhos se aproximaram da costa a toda velocidade e acabaram encalhados no cais.

Segundo o site argentino Infobae, os animais, da espécie falsa-orca (Pseudorca crassidens), acabam seguindo para o triste destino sem qualquer motivo lógico, ficando presos entre navios e barcos ao lado do cais.

Em vídeos que circulam nas redes sociais dá para ver os golfinhos presos na água rasa enquanto várias pessoas que passeavam pela zona portuária assistiam à cena, incrédulas.

Em entrevista ao Infobae, a especialista em mamíferos marinhos, Natalia Andrea Dellabianca, explica que, no sábado, os golfinhos já tinham sido vistos na região de Ushuaia. “O aparecimento deles não foi repentino. Estavam circulando pelo local desde o dia anterior. Até agora, não tínhamos registros deles dentro do canal porque geralmente são vistos passando pela área do estreito de Magalhães. Mas, por que ficaram presos aqui? Ainda não sabemos”, comenta a especialista.

 

 

Logo depois de encalharem na costa argentina, algumas falsas-orcas conseguiram regressar ao mar. Outras, precisaram da ajuda de homens e mulheres que, sem hesitar, pularam na água para tentar salvá-las.

No entanto, de acordo com o Infobae, dois golfinhos ficaram presos debaixo do píer e mergulhadores da Autoridade Naval Argentina (Prefectura Naval Argentina) precisaram ser acionados para salvar os animais.

Segundo Natalia Andrea Dellabianca, uma possível hipótese para o encalhe em massa pode ser a busca por comida e uma consequente desorientação. “A realidade é que ainda não se sabe o que eles fizeram lá. Talvez possamos descobrir em alguns dias ou talvez nunca. Por enquanto, a única coisa clara é que foi um evento circunstancial devido à topografia do local”.

Apesar de não ter presenciado o resgate, a especialista em mamíferos marinhos diz ao site argentino que recebeu diversos vídeos e comentários de seus colegas, que estavam presentes. “Até onde pude ver, nenhum dos animais ficou gravemente ferido. Apenas feridas superficiais, fruto do atrito do encalhe”.

Como mostra o Infobae, a falsa-orca é considerada a terceira maior espécie de golfinho e pode chegar a cerca de seis metros de comprimento. Em termos de aparência, essa espécie tem um corpo mais ágil que a orca de verdade, bem como um corpo de tonalidade preta ou cinza.

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