Ciência

Uso de máscara contra covid-19 pode estar ligado à percepção de beleza de cada pessoa

Cientistas afirmam que as pessoas que se acham bonitas tendem a ter menos propensão ao uso de proteção facial

Por João Paulo Martins  em 20 de março de 2023

(Foto: Pixabay)

 

Pessoas que se acham bonitas têm menos probabilidade de usar máscaras que previnem a covid-19, de acordo com estudo publicado no final de janeiro deste ano na revista científica Frontiers of Psychology.

Os pesquisadores pediram a 1.030 participantes que avaliassem o quão atraentes eles se consideravam, qual a probabilidade de usar máscara e se certas situações, como uma entrevista de emprego ou passear com o cachorro, impactavam na disposição optar pela proteção facial.

De acordo com a emissora pública americana NPR, os cientistas descobriram que, quanto mais atraente uma pessoa achava que era, tinha menos chance de usar máscara em público, porque achava que a proteção a deixava menos atraente. Por outro lado, quanto menos atraente alguém se achava, maior a probabilidade de usar máscara.

Quando os pesquisadores fizeram o mesmo questionamento, mas usando a situação hipotética de uma entrevista de emprego, o grupo com maior autoestima continuou tendo menos probabilidade de usar máscara, enquanto os que não se achavam bonitos tinham mais chance de se proteger nessa circunstância.

“Nossas descobertas sugerem que o uso de máscaras pode deixar de ser uma medida de autoproteção durante a pandemia do covid-19 porque se tornaria uma tática de autoapresentação na era pós-pandêmica”, afirmam os cientistas, citados pela NPR.

Para atividades comuns do dia a dia, como passear com o cachorro, os voluntários se mostraram menos propensos a se preocupar com a aparência e, portanto, menos motivados a usar máscara. Mas aqueles que se consideram atraentes ainda se mostravam mais propensos a sentir a necessidade de “causar uma boa impressão”.

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