Ciência
SpaceX lança 54 novos satélites da Starlink com capacidade de fornecer internet para celular
Os novos equipamentos da empresa criada por Elon Musk se juntam aos mais de 3.300 que já estão em órbita
A empresa aeroespacial americana SpaceX, do bilionário sul-africano Elon Musk, lançou na última terça (27/12) o primeiro lote da nova geração de satélites da Starlink, empresa de telecomunicações também criada por Musk, que entram em órbita nesta quarta (28/12). Esse foi o 60º voo do ano, marcando um recorde com quase o dobro de lançamentos de 2021.
O foguete Falcon 9 com 54 satélites de segunda geração (Gen2) iluminou o céu antes do amanhecer na base de lançamentos no Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).
“Sob nossa nova licença, agora podemos implantar satélites em novas órbitas que adicionarão ainda mais capacidade à rede. Em última análise, isso nos permite adicionar mais clientes e fornecer um serviço mais rápido, principalmente em áreas com excesso de assinantes”, comenta Jessie Anderson, gerente de produção e engenharia da SpaceX, citada pelo site americano de notícias científicas Space.
Cerca de oito minutos após a decolagem, o primeiro estágio do Falcon 9 retornou à Terra e pousou no navio drone Shortfall of Gravitas, no oceano Atlântico.
A segunda geração de satélites da Starlink é mais poderosa do que os mais de 3.300 que já estão em órbita no momento, e parece que a empresa de Elon Musk pretende aumentar a capacidade da rede de banda larga, que estaria enfrentando problemas de congestionamento, de acordo com o site americano.
“Starlink é uma constelação de internet via satélite projetada e fabricada pela SpaceX para fornecer internet de alta velocidade e baixa latência para pessoas que vivem em locais remotos e afastados em todo o mundo”, diz Jessie Anderson.
Em 1º de dezembro, a Federal Communications Commission (FCC) dos EUA, espécie de Anatel, concedeu licença para a Starlink lançar 7.500 satélites Gen2. No entanto, essa foi apenas uma aprovação parcial, pois a SpaceX solicitou à FCC permissão para enviar quase 30.000 desses novos modelos para a órbita baixa da Terra.
Além de serem capazes de lidar com mais tráfego, os satélites da segunda geração podem fornecer serviços diretamente para smartphones, segundo informação do próprio Elon Musk.