Sonda espacial revela imagem incrível de falhas e enorme cratera em Marte

A sonda espacial Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou uma foto que mostra uma característica única da geologia de Marte – ela orbita o planeta há cerca de 18 anos. Em meio aos “arranhões gigantes” na superfície do planeta, aparecem sulcos ou falhas na região conhecida como Tantalus Fossae.

Além de ser uma imagem visualmente incrível do Planeta Vermelho, o que assusta é a dimensão da cratera próxima a uma cratera de impacto. Segundo o site americano de notícias científicas Science Alert, as fraturas possuem até 350 m de profundidade e 10 km de largura. Algumas podem se estender por nada menos que 1.000 km.

A foto recém-divulgada pela ESA é apresentada em sua cor original, sem qualquer filtro. Não é tecnicamente uma “foto”, pois foi gerada a partir de um modelo digital de terreno marciano e sistema de cores da câmera High Resolution Stereo Camera, da Mars Express, revela o site americano.

De acordo com um comunicado divulgado pela ESA, a resolução dessas imagens é de aproximadamente 18 metros/pixel e as imagens estão centradas na localização de 43º N e 257º E de Marte, informa o Science Alert. O norte fica à direita.

Então, o que estamos olhando em Marte?

Uma fossa é uma cavidade ou depressão, e Tantalus Fossae corre ao longo do lado leste de um vulcão marciano relativamente plano chamado Alba Mons.

Quando se trata de área de superfície, Alba Mons é o maior vulcão de Marte – seus campos de fluxo magmático se estendem por pelo menos 1.350 km. Curiosamente, o ponto mais alto dele chega apenas a 6,8 km.

As fossas foram criadas quando Alba Mons se elevou para fora da crosta do planeta, fazendo com que a área ao seu redor ficasse deformada e quebrada, explica o site especializado.

“As falhas de Tantalus Fossae são um ótimo exemplo de um recurso de superfície conhecido como grabens. Cada trincheira se formou quando duas falhas paralelas se abriram, fazendo com que a rocha entre elas caísse no vazio resultante”, afirma o comunicado da ESA, reproduzido pelo Science Alert.

Uma característica semelhante é encontrada no lado ocidental de Alba Mons, na falha conhecida como Alba Fossae.

As imagens não são apenas bonitas de se ver, elas também podem nos ajudar a entender mais sobre como a formação da superfície marciana.

Acredita-se que essas estruturas não se formaram todas de uma vez, mas uma após a outra, o que resulta em alguns dos canais se cruzando, explica o site americano.

Por exemplo, a cratera de impacto que você vê nas imagens tem grabens passando por ela, sugerindo que a cratera estava lá primeiro. Nas imagens é possível ver uma cratera menor à esquerda que está no topo das calhas e provavelmente é mais jovem.