Ciência

Site diz que asteroide Ryugu é o mais viável para ser minerado, gerando R$ 460,9 bilhões de renda

Apesar de o asteroide Davida ter a maior riqueza estimada, em R$ 557 trilhões, equivalendo a todos os PIBs do mundo, sua localização é muito distante da Terra

Por João Paulo Martins  em 02 de janeiro de 2022

O asteroide 162173 Ryugu (1999 JU3) é um bom candidato para quem deseja minerar rochas espaciais (Foto: ISAS/JAXA/Divulgação)

 

Muitos asteroides são compostos por metais e minerais considerados valiosos na Terra.

De acordo com o site Asterank, que compara em categorias as rochas espaciais conhecidas do Sistema Solar, o asteroide mais valioso ultrapassa a casa dos US$ 100 trilhões (R$ 5,57 trilhões). Para se ter uma ideia, a soma de todos os Produtos Internos Brutos (PIBs) do mundo, em 2021, deve chegar pouco acima de US$ 100 trilhões.

O objeto intitulado 511 Davida, descoberto em 1903 pelo astrônomo americano Raymond Smith Dugan, é um dos maiores asteroides conhecidos pela humanidade e com maior potencial de mineração.

Com cerca de 160 km de diâmetro, ele contém materiais valiosos como níquel, ferro, cobalto, nitrogênio, hidrogênio e amônia.

Mas antes de partir para a aeronave para minerar essa rocha, ela não é a mais viável economicamente, segundo o Asterank.

Isso porque a rocha espacial orbita o principal cinturão de asteroides do nosso Sistema Solar, entre Marte e Júpiter, a uma distância entre 308,1 milhões e 546 milhões de km.

Para quem deseja ser um minerador profissional do espaço, a dica é o asteroide 162173 Ryugu (1999 JU3), que, em teoria, custaria muito menos para ser minerado porque às vezes cruza a órbita da Terra. A última vez foi em 29 de dezembro de 2020, quando passou a 9,12 milhões de km de distância do nosso planeta.

O Asterank estima que o Ryugu, que foi descoberto em 1999 pelo laboratório Lincoln, da Universidade de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos EUA, é avaliado em US$ 82,76 (cerca de R$ 460,9 bilhões). Com lucro aproximado de US$ 30,08 bilhões (cerca de R$ 167,5 bilhões).

O site de ranqueamento de asteroides diz que suas informações são "precisas e atualizadas dos mercados mundiais e documentos científicos" e usadas para fazer as estimativas.

Ainda assim, ele esclarece que, de fato, pouco se sabe sobre a composição dos asteroides para que se faça uma avaliação mais exata.

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