Ciência

Sinal de vida? Amostras de asteroide enviadas pela sonda japonesa Hayabusa2 possuem aminoácidos

É a primeira vez que aminoácidos são descobertos em asteroides que vagam pelo nosso Universo

Por João Paulo Martins  em 08 de junho de 2022

Asteroide Ryugu possui aminoácidos (Foto: Jaxa/University of Tokyo/Kochi University/Rikkyo University/Nagoya University/Chiba Institute of Technology/Meiji University/University of Aizu/AIST/Divulgação)

 

Mais de 20 tipos de aminoácidos foram detectados em amostras de asteroide que foram trazidos para a Terra pela sonda espacial japonesa Hayabusa2 no final de 2020, informa o site japonês Nikkei Asia.

Os aminoácidos são substâncias importantes para os seres vivos e podem conter pistas da origem da vida em nosso planeta.

Em dezembro de 2020, após uma missão de seis anos da Hayabusa2, uma cápsula foi enviada à Terra com mais de 5,4 g de material da superfície do asteroide Ryugu, localizado a mais de 300 milhões de km de distância.

A sonda foi enviada à rocha espacial para desvendar os mistérios da origem do nosso Sistema Solar e da vida, informa o Nikkei Asia. Análises prévias das amostras sugeriram a presença de água e matéria orgânica.

A investigação completa foi finalizada em 2021 pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e instituições japonesas de pesquisa, incluindo a Universidade de Tóquio e a Universidade de Hiroshima.

Os aminoácidos são substâncias que produzem proteínas, portanto, são indispensáveis aos seres vivos.

Embora não se saiba como os aminoácidos chegaram à Terra no passado longínquo, uma teoria diz que eles foram trazidos por meteoritos, inclusive estudo já confirmou a presença deles em rochas espaciais encontradas em nosso planeta.

A Hayabusa2 conseguiu captar os materiais do subsolo do asteroide e trazer à Terra sem que fossem expostos ao ar, luz solar ou raios cósmicos.

Segundo o Nikkei Asia, é a primeira vez que se descobre aminoácidos em um asteroide no espaço.

A sonda espacial Hayabusa2 deixou a Terra em 2014 e alcançou sua posição estacionária acima de Ryugu em junho de 2018, depois de viajar 3,2 bilhões de km em uma órbita elíptica ao redor do Sol por mais de três anos.

A sonda pousou no asteroide duas vezes no ano seguinte, coletando as primeiras amostras abaixo da superfície.

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