Ciência

Segunda maior hidrelétrica do mundo é inaugurada na China

A usina de Baihetan fica no sudoeste chinês e é capaz de produzir 16 GW/h (gigawatts por hora), graças às suas 16 turbinas, as primeiras do mundo capazes de gerar 1 GW/h cada

Por João Paulo Martins  em 28 de junho de 2021

A hidrelétrica de Baihetan fica entre as províncias de Yunnan e Sichuan e pode gerar nada menos que 16 gigawatts por hora (Foto: Facebook/ximoments/Reprodução)

A gigantesca hidrelétrica de Baihetan, no sudoeste da China, a segunda maior do mundo, começou a operar nesta segunda (28/6) duas de suas 16 turbinas capazes de produzir um gigawatt (GW) por hora cada. A informação é do jornal chinês South China Morning Post.

De acordo com o periódico, Baihetan começou a gerar eletricidade como parte de um teste de três dias. Quando concluído, os 16 geradores estarão em plena atividade, fornecendo a capacidade total de 16 GW/h (gigawatts/hora). São as primeiras turbinas de 1 GW/h do mundo.

Vale lembrar que a usina de Itaipu, no estado do Paraná, na divisa do Brasil com o Paraguai, possui capacidade instalada de geração de 14 gigawatts por hora, com 20 turbinas de 700 megawatts/hora cada.

A nova hidrelétrica gigante da China foi construída na fronteira das províncias de Yunnan e Sichuan e só perde para a Represa das Três Gargantas, no rio Yangtze, na província de Hubei, que pode produzir 22,5 GW/h com seus 32 geradores.

Como mostra o South China Morning Post, a usina de Baihetan gerará mais de 62 terawatts-hora (62.000 GW/h) de eletricidade por ano e ajudará a reduzir as emissões de dióxido de carbono em 52 milhões de toneladas quando estiver em plena operação. A energia será enviada para províncias ricas no delta do rio Yangtze, incluindo Jiangsu e Zhejiang.

Além da incrível capacidade de produção de energia, a nova hidrelétrica chinesa é a maior barragem em arco do mundo, afirma o jornal. Ela demorou quatro anos para ser finalizada, apesar dos desafios de engenharia que incluíam o terreno frágil, a localização remota e a necessidade de escavações constantes. Cerca de 100.000 moradores deixaram o local para dar lugar ao projeto.

“O desenvolvimento hidrelétrico da China ainda tem potencial, mas é limitado em comparação com outras energias renováveis. Atualmente existem mais de 350 gigawatts de capacidade hidrelétrica e o país pode chegar a mais 100, principalmente no curso superior dos rios Jinsha e Lancang”, afirma o pesquisador Yang Fuqiang, do Instituto de Energia da Universidade de Pequim, na China, citado pelo periódico chinês.

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