Óvni? Meteoro? Saiba o que é a bola de fogo que cruzou o céu noturno de Melbourne nessa segunda

Vídeo de uma bola de fogo cruzando o céu da cidade de Melbourne, na Austrália, na noite da última segunda (7/8), está circulando nas redes sociais e deixando muitos internautas intrigados.

Pelo que se vê na gravação, trata-se de um enorme objeto incandescente, que deixa alguns rastros enquanto corta a atmosfera terrestre.

Segundo o site americano Science Alert, moradores de outras partes do estado australiano de Victoria relataram ter ouvido uma forte explosão. Conhecido como estrondo sônico, esse barulho indica que o objeto se manteve queimando por tempo suficiente para entrar na chamada atmosfera inferior – caso contrário, não daria para ouvir do solo. Além disso, como explica o site, a explosão indica que ao menos parte dessa bola de fogo era densa.

Em alguns vídeos do fenômeno, dá para notar que o brilho do objeto apresenta cores diferentes, principalmente laranja. Essa característica mostra que não se trata de uma rocha espacial, mas de algo feito pelo homem, com uma quantidade significativa de plásticos ou metais queimando, de acordo com o Science Alert.

Portanto, é provável que os moradores de Melbourne tenham testemunhado a reentrada na atmosfera de algum lixo espacial – qualquer material humano que tenha sido colocado em órbita e que não esteja mais sendo controlado sob nosso controle. No entanto, o site SatView, que realiza rastreamento de detritos espaciais, não notificou a queda desse material.

Ao site, o astrônomo americano Jonathan McDowell afirmou que, após análises iniciais, pode-se dizer que a bola de fogo flagrada na Austrália seria o terceiro estágio de um foguete Soyuz 2 que transportava o satélite de navegação Glonass-K2. Ele foi lançado pela Roscosmos (agência espacial russa) na última segunda (7/8), no cosmódromo de Plesetsk, a cerca de 800 km ao norte de Moscou.

O brilho surpreendente do objeto queimando no céu noturno se deve à tremenda velocidade com que ele reentrou na fina atmosfera superior da Terra: cerca de 25.000 km/h ou mais. Quando o metal do lixo espacial atinge essa camada a uma altitude de 100 km, pode ser gerado um brilho muito forte.