Ciência
Cometa Nishimura poderá ser visto nesta terça (12/9) e, depois, só daqui a mais de 400 anos
Cometa foi descoberto em agosto deste ano pelo astrônomo amador japonês Hideo Nishimura
O cometa C/2023 P1 Nishimura, descoberto em agosto deste ano, passará pela Terra nesta terça (12/9), e só será visto de novo em nossa vizinhança daqui a mais de 400 anos.
Com um quilômetro de diâmetro, o cometa passará a 125 milhões de km do nosso planeta, sendo visível a olho nu, embora seja necessário usar algum equipamento para observá-lo bem, pois seu brilho é muito tênue, segundo o físico Paul Chodas, gerente do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS, na sigla em inglês) da Nasa, citado pelo site EuroNews.
“Você realmente precisa de um bom par de binóculos para identificá-lo e também saber onde procurar”, comenta o especialista.
Nishimura deve se tornar mais brilhante à medida que se aproximar do Sol e estará no ponto mais próximo da nossa estrela em 17 de setembro, antes de deixar o Sistema Solar.
Para quem quiser tentar observar o cometa, a dica da Sociedade Planetária é, no começo da noite, procurá-lo nascendo entre as constelações de Câncer e Leão e chegando perto de Vênus.
Citado pelo EuroNews, o astrônomo italiano Gianluca Masi, fundador do Projeto Telescópio Virtual, conta que, se sobreviver à jornada para além do Sol, o Nishimura deve ser visível no Hemisfério Sul – permanecendo baixo no crepúsculo da noite – até o final do mês.
O cometa foi descoberto de forma incomum por um astrônomo amador japonês, Hideo Nishimura, e leva o nome dele.
A última visita do cometa à Terra foi há cerca de 430 anos, de acordo com Paul Chodas. Isso foi cerca de uma ou duas décadas antes de Galileu Galilei inventar o telescópio.