Ciência
Cientistas querem "libertar" micro-organismos de 830 milhões de anos que foram achados dentro de cristal de sal
São bactérias que os especialistas acreditam terem sobrevivido todo esse tempo ao ficarem em estado "adormecido"
Em estudo publicado dia 6 de maio na revista científica Geology, da Sociedade Geológica da América, cientistas revelaram que foram encontrados micro-organismos supostamente vivos dentro de cristal de sal-gema datado de 830 milhões de anos. Agora, eles querem abrir o material e verificar se as bactérias realmente estariam vivas, ainda que em estado “adormecido”.
Pesquisadores da Sociedade Geológica da América foram capazes de observar dentro das inclusões fluidas de cada cristal, e encontraram bactérias e arqueas (organismos parecidos com bactérias). Algumas delas, de acordo com os cientistas, estariam “vivas” apesar de terem 830 milhões de anos.
Esses organismos foram encontrados dentro de bolhas microscópicas de líquido salgado no cristal, conhecidas como inclusões fluidas, que poderiam servir como “microhabitats” para as pequenas colônias prosperarem, explica a ONG americana de mídia independente NPR.
A ideia dos pesquisadores é abrir o cristal para descobrir se essa forma antiga de ser vivo ainda está “vivo”.
Embora trazer formas de vida de 830 milhões de anos de volta ao mundo possa parecer algo totalmente insensato, os cientistas insistem que o procedimento será feito com a máxima cautela, revela a NPR.
“Parece um filme B muito ruim, mas há muito trabalho científico, que vem acontecendo há anos, para tentar descobrir como fazer isso da maneira mais segura possível”, comenta Kathy Benison, geóloga da Universidade da Virgínia Ocidental, nos EUA, citada pela ONG.