Ciência

Cientistas dizem ter achado vestígio de dinossauro que morreu após o impacto do asteroide há 66 milhões de anos

Os restos fossilizados foram descobertos no sítio arqueológico na Dakota do Norte (EUA) e possuíam vestígios do meteoro que dizimou os dinossauros

Por Da Redação  em 07 de abril de 2022

A descoberta do fóssil se deu nos EUA, a 3.000 km do local do impacto do asteroide (Foto: YouTube/BBC News/Reprodução)

 

Cientistas afirmam ter descoberto um fóssil de dinossauro que teria sido morto logo após o impacto do asteroide Chicxulub na península de Iucatã, atual México, há cerca de 66 milhões de ano.

A perna perfeitamente preservada, que inclui até restos da pele do animal, pode ser datada com precisão no momento em que o meteoro provocou a morte em massa dos répteis gigantes que viviam na Terra, dizem os especialistas, citados pelo jornal britânico The Guardian. A comprovação se deve à presença de detritos do impacto, que caíram em forma de chuva logo após a explosão.

A perna do tescelossauro (espécie pequena de dinossauro) foi descoberta numa escavação em Tanis, em Dakota do Norte (EUA).

A escavação foi registrada no documentário Dinosaurs: The Final Day with Sir David Attenborough (Dinossauros: O Último Dia, com Sir David Attenborough, em tradução livre), da emissora estatal britânica BBC.

De acordo com o The Guardian, a equipe de paleontólogos também encontrou restos fossilizados de peixes que ingeriram detritos do impacto do asteroide, que ocorreu no Golfo do México, a 3.000 km de distância do local da escavação.

A presença de outros detritos que choveram por um curto período imediatamente após o impacto do Chicxulub permitiu que os cientistas datassem o local com muito mais precisão do que as técnicas padrão de datação por carbono.

“Temos tantos detalhes nesse sítio arqueológico, que nos dizem o que aconteceu, momento a momento. É quase como assistir nos filmes. Você olha para a coluna de rocha, olha para os fósseis lá, e isso te traz de volta àquele dia”, comenta o pesquisador Robert DePalma, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, um dos líderes da escavação, citado pelo jornal britânico.

No documentário da BBC também, são revelados os restos fossilizados de uma tartaruga que foi espetada por uma estaca de madeira; pequenos mamíferos e suas tocas; pele de um triceratops; embrião de pterossauro dentro de seu ovo; e o que os cientistas pensam ser um fragmento do próprio asteroide.

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