Ciência

Chupeta inteligente é capaz de descobrir desidratação em bebês prematuros

Acessório moderno pode ser usado para medir os níveis de sódio e potássio em recém-nascidos internados na UTI neonatal

Por João Paulo Martins  em 18 de maio de 2022

(Foto: Pixabay)

 

Cientistas criaram uma chupeta bioeletrônica sem fio capaz de monitorar os eletrólitos (sódio e potássio) dos bebês que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, evitando a necessidade de tirar sangue deles duas vezes por dia.

Segundo o site americano de notícias científicas Science Daily, a chupeta inteligente também pode fornecer monitoramento contínuo dos níveis de sódio e potássio. Esses eletrólitos permitem que os cuidadores dos bebês identifiquem possíveis quadros de desidratação, um perigo nessa idade, especialmente aqueles nascidos prematuramente ou com outros problemas de saúde.

O acessório inovador consta de um estudo que sairá na edição de agosto da revista científica Biosensors and Bioelectronics.

“Sabemos que bebês prematuros têm uma chance maior de sobrevivência se receberem cuidados essenciais no primeiro mês de nascimento. Normalmente, em um ambiente hospitalar, eles extraem sangue do bebê duas vezes ao dia, então obtêm dados em apenas dois momentos. Este dispositivo é uma maneira não invasiva de fornecer monitoramento em tempo real da concentração de eletrólitos dos bebês”, afirma o pesquisador Jong-Hoon Kim, da Universidade Estadual de Washington (EUA), um dos autores do estudo, citado pelo Science Daily.

O método de coleta de sangue pode ser potencialmente doloroso para o bebê e, como ocorre normalmente pela manhã e à noite, deixa lacunas de informações durante o resto do dia, aponta Kim. Existem outros métodos para testar os níveis de eletrólitos na saliva de bebês, mas envolvem dispositivos grandes e duros, que também atrapalham o recém-nascido.

Usando uma chupeta comum, disponível no mercado, os pesquisadores criaram um sistema que coleta automaticamente amostras da saliva do bebê. Quando a secreção entra no aparelho, pequenos sensores internos medem as concentrações de íons de sódio e potássio da saliva. Em seguida, esses dados são transmitidos por meio de bluetooth para o cuidador.

Como mostra o Science Daily, na próxima etapa do desenvolvimento, os cientistas planejam tornar os componentes mais acessíveis e recicláveis. Em seguida, pretendem realizar um teste maior da chupeta inteligente para estabelecer sua eficácia.

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