Ciência

Asteroide de até 750 m passará pela Terra dia 7 de janeiro de 2022

Apesar de parecer uma aemaça à vida terrestre, o asteroide 496860 (1999 XL136) passará a uma distância equivalente a três vezes a que existe entre a Terra e Vênus

Por João Paulo Martins  em 29 de dezembro de 2021

(Foto: Pixabay)

 

Um asteroide que pode ter o dobro da altura do Empire State Building, famoso edifício de Nova Iorque com 381 m de altura, deve passar pela Terra no dia 7 de janeiro de 2022.

De acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (The Center for Near-Earth Object Studies ou CNEOS) da Nasa, o 496860 (1999 XL136) passará por nosso planeta a uma distância de cerca de 13,28 milhões de km.

Isso equivale a cerca de 34,5 vezes a distância entre a Terra e a Lua e três vezes a de nosso planeta ao vizinho Vênus.

Segundo a revista americana Newsweek, o asteroide estará viajando a uma velocidade de cerca de 60.000 km/h. Isso é quase 30 vezes mais rápido que o avião a jato Lockheed Martin F-22 Raptor, usado pela aeronáutica dos Estados Unidos e cerca de 18 vezes a velocidade da bala disparada por um rifle.

Não é a primeira vez que o 496860 passa pela vizinhança da Terra. A última passagem se deu em abril de 2017 e, a próxima, será apenas em julho de 2034.

O asteroide tem um diâmetro entre 330 m e 750 m, informa a revista. Isso significa que ele pode ser tão “pequeno” quanto a torre Eiffel ou ter o dobro do tamanho do Empire State.

A razão para essa grande diferença nas estimativas de tamanho é o resultado de como os astrônomos calculam os tamanhos dos asteroides.

 

Imagem do 496860 (1999 XL136) viajando pelo Universo 

 

Como se mede um asteroide?

 

Para calcular o diâmetro dos asteroides, pesquisadores usam uma medida chamada albedo, associada à luz visível do Sol que se reflete na superfície do corpo celeste, explica a Newsweek.

A diferença de tamanho ocorre de um asteroide ocorre por que nessa técnica, o albedo depende muito do quão refletiva é a superfície da rocha espacial.

Os outros fatores determinantes são o material do qual ele é composto, como esse material se distribui em sua superfície e quão densamente compactada é essa matéria.

A medição albedo também depende da cor do asteroide. Por exemplo, um objeto “esfarelante”, portanto, mais leve devido ao material mais solto na superfície, pode parecer erroneamente grande para os astrônomos, revela a revista americana.

Atualmente, astrônomos têm utilizado outro método, mais eficiente, para determinar o tamanho dos asteroides. Isso envolve a medição do calor que é emitido da rocha espacial por meio da luz infravermelha.

Um objeto maior parece mais brilhante na luz infravermelha, e isso não é afetado pela quantidade de luz visível que reflete.

De acordo com o Laboratório de Propulão a Jato (Jet Propulsion Laboratory) da Nasa, citado pela Newsweek, responsável pelo CNEOS, a melhor maneira de determinar o tamanho de um asteroide é combinar a observação da luz visível com sua assinatura infravermelha.

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