Ciência

Arqueólogos encontram tartaruga “grávida” nas ruínas de Pompeia

O animal teria buscado abrigo em uma casa que desabou com o terremoto do ano 62, e acabou sendo vítima da erupçãop do vesúvio, anos mais tarde

Por João Paulo Martins  em 24 de junho de 2022

A tartaruga estava vivendo nas ruínas de uma casa em Pompeia e acabou sendo vítima do Monte Vesúvio (Foto: Pompeii Archaeological Park/Divulgação)

 

Cientistas encontraram no sítio arqueológico de Pompeia, na Itália, a 250 km de Roma, os restos de uma tartaruga grávida que buscou refúgio nas ruínas de uma casa destruída por um terremoto no ano 62. O azar dela é que, 17 anos depois, ocorreu a famosa erupção do Monte Vesúvio que a deixou soterrada em cinzas vulcânicas.

A tartaruga mediterrânea de 14 cm de comprimento e seu ovo foram descobertos durante as escavações de uma área da cidade antiga que, após o terremoto que destruiu Pompeia, estava sendo reconstruída para receber banhos públicos, revela o site americano Phys.org.

Vale lembrar que a cidade italiana foi destruída após a erupção do Vesúvio no ano 79 e os arqueólogos suspeitam que a tartaruga, da espécie comum no sul da Europa, tenha buscado refúgio nos escombros de uma casa que foi muito danificada pelo terremoto de alguns anos antes.

 

(Foto: Pompeii Archaeological Park/Divulgação)

 

“Isso nos permite refletir sobre Pompeia nessa fase pós terremoto e antes da erupção, quando muitas casas estavam sendo reconstruídas, Toda a cidade era um canteiro de obras e, evidentemente, alguns espaços estavam tão inutilizados que animais selvagens podiam entrar e até botar seus ovos”, comenta Gabriel Zuchtriegel, diretor-geral do Parque Arqueológico de Pompeia (Pompeii Archaeological Park), citado pelo Phys.org.

Segundo ele, o fato de ela ainda ter seu óvulo sugere que morreu antes de encontrar um lugar seguro e hospitaleiro para depositá-lo.

O site americano lembra que essa não é a primeira tartaruga encontrada em Pompeia. De qualquer forma, Zuchtriegel afirma que a descoberta do animal contribui para o entendimento desse mosaico de relações entre cultura e natureza e comunidade e meio ambiente, que representa a história da antiga cidade italiana.

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