Celebridades
Ex-namorada menor de idade de Maradona quebra o silêncio após 21 anos
A cubana Mavys Álvarez revela a uma emissora americana como conheceu o ex-craque argentino, que estava fazendo tratamento contra as drogas em Cuba
A cubana Mavys Álvarez, de 37 anos, decidiu romper o silêncio e falar à emissora América TeVé, canal 41 de Miami, na Flórida (EUA), sobre seu namoro com o craque argentino Diego Maradona, quando ele vivia em Cuba e ela tinha apenas 16 anos.
“Foi um privilégio ser namorada dele”, afirma Mavys à emissora, ao tratar de sua relação com o ex-jogador da Seleção Argentina, que estava fazendo tratamento contra a dependência de drogas na ilha caribenha.
A cubana conta que conheceu Maradona no dia 1º de setembro de 2000, quando tinha apenas 16 anos. Ela foi interceptada por um funcionário do hotel onde o craque estava hospedado quando passava pela região de Matanzas, na zona leste de Havana, capital de Cuba.
Mavys Álvarez lembra que em princípio não queria aceitar a relação com o argentino. “Passaram mais de uma hora me convencendo de que era importante ajudar Diego, que ele era uma figura mundial, amigo de Cuba e que estava deprimido. E finalmente aceitei”, diz a cubana ao América TeVé.
Mais tarde, ela foi levada até Varadero, onde ficava o hotel em que Maradona estava hospedado. “Fui recebida por Guillermo Coppola, amigo do Maradona. Chegando lá, fiquei muito assustada porque ele estava enrolado numa toalha e logo pensei o pior. Poucos minutos depois, Maradona me recebeu. Ele conversou muito comigo e me deu confiança. Gostei dele. Ele nunca passou dos limites. Ele me convidou e à minha família para jantar no Dupont Palace no dia seguinte”, revela Mavys.
O canal americano decidiu dividir a extensa entrevista com a ex-namorada menor de idade do saudoso craque argentino em quatro partes. Na última segunda (27/9) foi ao ar a primeira delas. Nela, a cubana afirma que, a partir do momento em que conheceu Maradona, se aproximou de um mundo que desconhecia, reservado apenas para turistas. Ele conheceu o luxo, as áreas exclusivas, mas também drogas e bebidas alcoólicas.
De acordo com o jornal argentino La Nación, o ex-jogador de futebol havia chegado a Cuba em janeiro de 2000. Sua permanência na ilha durou cinco anos e o vínculo com o jovem cubana acabou se fortalecendo.
Depois de um tempo, Diego Maradona levou Mavys Álvarez para morar com ele em La Pradera, um centro internacional de saúde onde estava hospedado e no qual havia recebido duas moradias do então governo de Fidel Castro.
“Minha mãe não gostou nada. Nem meu pai. Mas nessa idade a pessoa costuma ser muito rebelde e não leva em conta as opiniões dos pais. A vida com Maradona era muito louca: festas, danceterias… Ele me levava para comer. Nunca imaginei que entraria nas drogas das quais me custou tanto trabalho sair”, admite a cubana na entrevista ao canal americana América TeVé.
Nesse sentido, ela reflete: “Depois desses anos, sinto pena de mim mesma, sabendo que tinha 16 anos e fazia parte disso tudo. Mas foi mais uma experiência de vida. Não escolhemos o que vivemos. Eu simplesmente me empolguei”.
Mavys admite à emissora que se recusou a participar de festas com sexo, apesar das propostas de Maradona. Da mesma forma, ela descarta a ideia de que tenha praticado prostituição. “Eu gostei dele. Fiquei deslumbrada. Foi uma relação consensual”, comenta.
A América TeVé consultou a advogada Laritza Diversent, da Cubalex, uma organização da sociedade civil cubana e descobriu que em Cuba as relações com menores não são crimes. “A partir dos 14 anos, as meninas podem se casar com o consentimento dos pais. As relações sexuais só constituem crime se forem praticadas com violação, ou seja, se o adulto fizer uso de engano ou abuso de superioridade sobre o menor”, conta a especialista à emissora.