Celebridades

Drake é acusado de misoginia na música Circo Loco por citar agressão sofrida por Megan Thee Stallion

A cantora acusa a nova canção do famoso rapper de "zoar" com o atentado a tiros que ela teria sofrido em 2020

Por João Paulo Martins  em 04 de novembro de 2022

A nova música de Drake não agradou a rapper Megan Thee Stallion (Fotos: Instagram/champagnepapi/Reprodução e Instagram/theestallion/Reprodução)

 

A rapper americana Megan Jovon Ruth Pete, mais conhecida como Megan Thee Stallion, de 27 anos, não gostou nada recém-lançada música Circo Loco, do famoso rapper canadense Drake, de 36. A artista o acusa de ironizar e mentir sobre o suposto ataque a balas que ela sofreu.

Como lembra a revista americana Newsweek, Megan diz que o rapper Tory Lanez, de 30 anos, teria atirado nela em 2020 quando os dois estavam em uma festa na piscina em Hollywood Hills, na Califórnia (EUA). O incidente teria ocorrido no auge dos protestos Black Lives Matter (após a morte do joverm negro George Floyd por policiais) e gerou uma discussão sobre o machismo e como as mulheres negras sofrem para terem reconhecidas as denúncias de agressão.

Várias celebridades saíram em apoio a Megan Thee Stallion, incluindo o ator de Pantera Negra, Michael B. Jordan, que publicou no Twitter, na época: “Meg, admiro sua coragem e te aplaudo por falar. Devemos apoiar as mulheres negras, proteger as mulheres negras e acreditar nas mulheres negras”.

Agora, após o lançamento do álbum Her Loss, em parceria com o rapper britânico 21 Savage, fãs logo desconfiaram que um trecho da canção Circo Loco ironiza o ataque contra Megan.

A parte em questão diz: “This bitch lie 'bout getting shots, but she still a stallion. She don't even get the joke, but she still smiling” (Tradução livre: “Essa cadela mente sobre levar tiros, mas ela ainda é uma cadela. Ela nem entendeu a piada, mas ainda está sorrindo”).

Nesta sexta (4/11), Megan Thee Stallion usou o Twitter para criticar a letra da música e acusar Drake de usar o incidente de 2020 para se promover.

“Pare de usar meus tiros para promover as bundas das negras! Desde quando, porra, é legal brincar com mulheres sendo baleadas? Vocês, manos, especialmente os negros do rap, são uma vergonha! Pronta para boicotar sapatos e roupas, mas o safado ataca uma mulher negra quando ela diz que um de vocês abusou dela”, diz a cantora na rede social.

Em outro tuite, ela acrescenta: “E quando a merda dos fatos aparecerem, lembrem-se todos dos rappers favoritos que ficaram ao lado de um negro que atira em uma mulher”.

Ela encerra a discussão no Twitter dizendo: “As pessoas me atacam e vocês logo se aproveitam. Eu me defendo e, agora, estou farta... Toda vez é assim, nunca termina, a não ser que eu apareça e diga que levei um tiro... Não venham me foder, ok? Foda-se. Legal, tchau, tchau”.

Em entrevista à apresentadora Gayle King, do programa americano CBS Mornings, em abril deste ano, Megan comentou o incidente de 2020. “O que ninguém sabe é que eu tive que fazer uma cirurgia na mesma noite [do ataque]. Fiquei em um hospital na Califórnia por cerca de quatro dias”, contou a rapper na ocasião, citada pela Newsweek.

Tory Lanez, cujo nome verdadeiro é Daystar Peterson, está sendo julgado pela acusação de atirar contra Megan, que precisou de atendimento médico de urgência para remover fragmentos de bala dos pés, informa a revista. Ele responde também por porte ilegal de arma não registrada e de agressão com arma de fogo semiautomática.

De acordo com a Newsweek, Lanez se declarou inocente e o julgamento estava marcado para começar em setembro, mas foi adiado para o final de 2022.

Megan Thee Stallion afirma que o rapper atirou nela após uma discussão entre eles e a ex-amiga dela, Kelsey Harris. Eles estavam saindo de uma festa na piscina na casa da modelo e empresária Kylie Jenner (da família Kardashian), em Hollywood Hills, em julho de 2020, quando o incidente teria ocorrido.

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