VÍDEO: internautas criticam adesivo pró-Bolsonaro em caminhão com suposta madeira ilegal no Pará

Nesta quarta (26/10), o jornalista André Trigueiro, de 56 anos, especializado em meio ambiente e que possui um blog no portal G1, da Globo, compartilhou no Twitter um vídeo de suposta apreensão de madeira ilegal no parque nacional do Jamanxim, no Pará. Mas, além do crime em si, o que está chamando a atenção dos internautas é o enorme adesivo pregado no para-brisa do veículo.

“Flagrante de madeira apreendida no parque nacional do Jamanxim [PA]. Desmatamento segue em alta na região”, diz o jornalista no post que já conta com mais de 100.000 visualizações e 11.500 curtidas.

Grande parte das centenas de comentários na rede social está ligada ao adesivo que traz uma imagem do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) segurando um rifle, além da hashtag (palavra-chave) “#Bolsonaro2022”.

Confira a polêmica gravação:   

"Olha a foto! Misericórdia! A verdade nua e crua. Senhor, livrai-nós desse miserável", comenta a usuária @Luciene95095928 no post de André Trigueiro.

"Se o desmatamento cai tanto no seu governo, @jairbolsonaro, por que madeireiro lhe ama tanto?", questiona o internauta @marcelofmendes.

"Se foi apreendida é porque o trabalho está sendo bem feito, bem diferente da época da Marina Silva, que se juntava com os ilegais para fazer dinheiro e não estava nem aí para o desmatamento!", justifica o perfil @gsrnet.

"André [Trigueiro] nunca desista de sua luta. Conheço o Jamanxim, terra de ninguém. Se esse governo for reeleito, essa unidade de conservação acaba", diz o usuário @soueu72, na mesma rede social.

"Essa é a marca dos madeireiros apreendidos [sic] com madeira ilegal. Adesivo gigante com Bozo [sic] armado", comenta @roaraz.

"O adesivo que autoriza o crime", afirma o internauta @reprogresso.

Apesar da polêmica causada pelo vídeo, é importante dizer que não há informação sobre quando foi gravado nem sobre a suposta apreensão de madeira.

O parque nacional do Jamanxim foi criado em 2006 e possui 862.895,27 hectares de área preservada.

Segundo o site da ONG brasileira Instituto Socioambiental, que monitora área indígenas e de preservação, as principais ameaças a esse parque do Pará são desmatamento e focos de calor.

Dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que mapeia somente áreas florestadas da Amazônia Legal, o desmatamento no Jamanxim subiu de 20 hectares em 2017 para 1.349 em 2021, o que dá um aumento de 6.625% em apenas quatro anos.