Bizarrice

Zoológico do Japão descobre como macaca conseguiu engravidar apesar de estar sozinha na jaula

A fêmea da espécie gibão-de-mãos-brancas engravidou em 2021 e deixou seus tratadores do zoo de Kujukushima com a pulga atrás da orelha

Por João Paulo Martins  em 14 de fevereiro de 2023

A gibão-de-mãos-brancas e o filhote que deixou intrigados os funcionários do zoo de Kujukushima (Foto: CNN/Reprodução)

 

Fim do mistério: tratadores do zoológico e jardim botânico de Kujukushima, em Nagasaki, no Japão, acreditam ter resolvido o mistério de como uma gibão engravidou apesar de viver sozinha em sua jaula.

Momo, a gibão-de-mãos-brancas (Hylobates lar) de 12 anos, virou notícia em todo o mundo quando, em fevereiro de 2021, deu à luz, apesar de não conviver com machos de sua espécie.

Agora, dois anos depois, segundo a emissora americana CNN, após o zoo realizar um teste de DNA do filhote, o resultado revelou que quem é o pai. Os tratadores até imaginam como a fêmea teria conseguido acasalar.

O exame genético apontou que o responsável por engravidar Momo era Itō, um gibão de 34 anos que vivia em um recinto adjacente ao da fêmea na época em que ela apareceu grávida.

O zoológico disse à CNN na última sexta (10/2) que acredita que os dois gibões conseguiram acasalar por meio de um pequeno orifício em uma placa de aço que separava os dois recintos. O buraco media cerca de nove milímetros de diâmetro.

O bebê – que ainda não recebeu nome – agora pesa cerca de dois quilos e está “crescendo de forma saudável” sob a atenção amorosa de Momo, informou o zoo de Kujukushima à emissora americana.

“É uma vida preciosa que veio ao mundo. Continuaremos cuidando bem dele e esperamos que tenha uma vida longa e saudável”, disse Hideki Hisano, vice-diretor da instituição, à CNN.

Os gibões estão entre as menores espécies de macacos, mas possuem uma voz extremamente potente. Eles desenvolveram uma linguagem elaborada além de saltar de galho em galho a uma velocidade de até 56 km/h.

Existem dezenas de espécies de gibões nativas da Ásia, desde o nordeste da Índia até a China e o arquipélago de Bornéu.

Essa espécie de primata vem diminuindo e foram listados como em risco de extinção na União Internacional para a Conservação da Natureza, devido às ameaças ao habitat causadas por atividades humanas, como desmatamento, mineração e construção de estradas.

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