Bizarrice
Pela primeira vez no século, fenômeno “rei dos ratos” é registrado no mundo
O emaranhado de ratos (“rat king”, em inglês) foi descoberto numa fazenda da Estônia no final de 2021
Fenômeno raro e que costuma aparecer apenas em jogos e filmes de terror, o “rei dos ratos” (rat king em inglês) corresponde a um emaranhado de ratos presos pela cauda. O bizarro acontecimento foi registrado numa fazenda do condado de Põlva, na Estônia, no final do ano passado.
De acordo com a emissora estoniana ERR, o “rei dos ratos” foi levado para o Museu de História Natural da Universidade de Tartu. Provavelmente é a segunda vez que o fenômeno é descoberto em todo o mundo neste século.
O emaranhado de camundongos foi encontrado no galinheiro da fazenda. “Minha mãe foi alimentar as aves pela manhã, abriu a porta e os ratos ficaram na frente da porta […] Eles cavaram um túnel bem na frente da porta e ficaram presos nele. Minha mãe não pôde fazer nada. Tentei desgrudá-los, mas foi muito complicado entender como as caudas estavam amarradas”, comenta Johan Uibopuu, um dos descobridores do “rei dos ratos”, em entrevista à emissora.
O curador do Museu de História Natural da Universidade de Tartu, Andrei Miljutin, disse à ERR que um “rei dos ratos” pode se formar nos ninhos enquanto os animais dormem. Se suas caudas estiverem cobertas por substâncias pegajosas, como sangue ou seiva, as pontas das caudas podem se juntar.
“Os ratos começam a se mover quando acordam, em direções diferentes. Com isso, acabam emaranhando as caudas e não conseguem mais se libertar. Quanto mais eles lutam e puxam, mais apertado fica”, comenta Miljutin.
No condado de Põlva o fenômeno tinha a participação de 13 ratos. O curado do museu conta à emissora estoniana que apenas cerca de 60 casos de “reis dos ratos” foram registrados nos últimos 500 anos. Normalmente, os animais não estão vivos quando os pesquisadores podem estudá-los.
“Que eu saiba, a última descoberta foi em 2005, a única em todo o mundo, neste século. E agora esta é a segunda do século”, comenta Andrei Miljutin à ERR.
Curiosamente, o avistamento em 2005 também se deu na Estônia. Esse “rei dos ratos” faz parte de uma coleção do Museu de Zoologia da Universidade de Tartu.