Bizarrice

Mistério na Bulgária: homem é encontrado mumificado 16 dias após “desaparecer”

Cientistas relataram esse caso bizarro em estudo recém-publicado e consideram raríssima a mumificação natural em tão pouco tempo

Por João Paulo Martins  em 21 de setembro de 2023

Homem foi encontrado mumificado após 16 dias de sua morte (Foto: Biliana Mileva et al./Cureus/Divulgação)

 

Um caso bizarro na Bulgária está chamando a atenção na internet: um homem ficou 16 dias desaparecido e ao ser encontrado morto, seu cadáver estava em “estágio de mumificação completa”. Essa descoberta, considerada incrivelmente rara, foi descrita em estudo publicado na última quarta (20/9) no periódico científico Cureus.

Segundo os cientistas, citados pelo site de notícias científicas IFL Science, o corpo estava com o cérebro, as vísceras e outros órgãos murchos, formando “massas sem estrutura”, como se espera de uma múmia, mas não conseguem explicar como atingiu esse estado em tão pouco tempo.

O cadáver foi encontrado ao lado de uma linha férrea em Sófia, no dia 3 de setembro. A polícia confirmou posteriormente que os restos mortais pertenciam a um homem de 34 anos com histórico de alcoolismo que não era visto desde 16 de agosto, cerca de duas semanas antes.

Ao descrever o estado do corpo mumificado, os cientistas dizem que “a superfície da pele apresentava coloração que variava do marrom claro a escuro, e era dura e coriácea”. Eles também incluíram fotos do corpo no artigo recém-publicado.

Perplexos com o estado incomum dos restos mortais do homem, os pesquisadores dizem que a mumificação natural “é um processo demorado e geralmente leva de várias semanas a seis ou 12 meses”. Tal transformação normalmente só é possível sob condições extremas de calor e secura, com as temperaturas durante o dia sempre acima de 30º C e a umidade média abaixo de 50%, revela o IFL Science.

Níveis muito altos de radiação solar também são necessários para que ocorra a mumificação natural, enquanto velocidades do vento de cerca de 32 km/h ajudam a acelerar o processo. Quando todas essas condições são atendidas, pode ser possível que um cadáver seque com rapidez suficiente para interromper o processo de decomposição.

No entanto, durante os 16 dias entre a morte do homem e a descoberta de seu corpo mumificado, a temperatura em Sófia oscilou entre 16 e 33º C, com umidade relativa de 52% e radiação solar considerada média.

A velocidade do vento também ficou muito abaixo do necessário para a ocorrência da mumificação, embora os cientistas acreditem que a passagem dos trens pode ter ajudado a criar condições de vento que poderiam ter contribuído para a evaporação dos fluidos corporais.

 

Os órgãos e tecidos secaram de forma muito rápida (Foto: Biliana Mileva et al./Cureus/Divulgação)
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