Bizarrice

Medo de tiroteios em escolas nos EUA faz crescer venda de mochilas à prova de balas

Apenas um estabelecimento teria registrado crescimento de 3655% nas vendas das mochilas que aguentam até tiro de Magnum .44

Por João Paulo Martins  em 22 de agosto de 2022

Violência nas escolas americanas levou ao aumento na venda de mochilas à prova de balas (Foto: Cutting Edge Products Inc/Reprodução)

 

Após o massacre de 21 pessoas, sendo 19 crianças, na escola primária Robb, em Uvalde, Texas (EUA), em maio deste ano, com receio de que novos tiroteios voltem a ocorrer na volta às aulas, prevista para setembro, muitos pais estão incluindo mochilas à prova de balas na lista de compra de materiais escolares.

De acordo com o jornal argentino Perfil, nos últimos 30 dias, houve um aumento considerável no interesse por esses acessórios nada usuais. Foram quase 9.000 internautas procurando mochilas à prova de balas apenas no site da loja The Home Security Superstore. Em um mês, a demanda aumentou 3655%, revela o estabelecimento ao periódico.

O massacre de maio na escola infantil do Texas, causado por Salvador Ramos, de 18 anos, durou mais de uma hora até a intervenção da polícia, que matou o agressor. A lenta resposta das forças de segurança está sendo investigada, afirma o Perfil.

A mochila à prova de balas seria justamente uma forma de a criança se proteger, já que serviria de escudo. O problema é como os pequenos conseguirão carregar o acessório juntamente com os materiais que leva para a escola.

 

Uma loja sugere até que a criança pode se esconder atrás da mochila para não ser atingida (Foto: Thehomesecuritysuperstore.com/Reprodução)

 

Os pais precisam ter em mente que a mochila capaz de bloquear quase todos as munições de pistola, incluindo balas Magnum .44. Porém, ela mede 41,91 cm de altura por 30,48 cm de largura e pesa 1,25 kg. Apesar de ser resistente, não é apropriada para balas de espingardas ou fuzis, como o AR-15, que foi usado por Salvador Ramos na chacina da escola Robb.

De acordo com o Perfil, algumas escolas do Texas daquele estado optaram por exigir que alunos do sexto ao décimo segundo ano, entre 11 e 18 anos, carreguem mochilas transparentes.

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