Bizarrice

Físico da Universidade de Harvard fará expedição ao Pacífico para encontrar objeto "alienígena"

Avi Loeb acredita que um meteoro que caiu perto de Papua-Nova Guiné, em 2014, tenha sido criado por vida inteligente extraterrestre

Por João Paulo Martins  em 26 de março de 2023

(Foto: Pixabay)

 

Famoso físico da Universidade de Harvard, nos EUA, que chegou a considerar o objeto espacial Oumuamua uma nave extraterrestre, planeja ir até o arquipélago de Papua-Nova Guiné, no oceano Pacífico, para encontrar o que diz ser um artefato alienígena que caiu no mar.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o renomado e controverso cientista Avi Loeb anunciou que está organizando uma expedição oceânica avaliada em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 7,8 milhões) para procurar fragmentos de um objeto que caiu na costa da ilha Manus em 2014.

O pesquisador identificou o objeto em 2019 e o considerou o primeiro meteoro interestelar já descoberto – o que significa que ele se originou fora do nosso Sistema Solar. De acordo com Loeb, citado pelo jornal, a origem interestelar da rocha espacial teria sido confirmada à Nasa em abril de 2022 pelo comando espacial do Departamento de Defesa dos EUA.

Junto de sua equipe em Harvard, o físico concluiu que o meteoro seria o mais resistente entre os 272 conhecidos pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Center for Near Earth Object Study) da Nasa.

“Intrigado com essa conclusão, formei uma equipe que projetou uma expedição de duas semanas para procurar os fragmentos do meteoro a uma profundidade de 1,7 km no oceano. Analisar a composição dos fragmentos pode nos ajudar a determinar se o objeto é de origem natural ou artificial”, comenta Avi Loeb, citado pelo The Guardian.

Ele completa, afirmando que já tem barco e equipe especializada, incluindo alguns dos profissionais mais experientes e qualificados em expedições oceânicas. “Temos projetos completos e planos de fabricação dos materiais necessários, como uma ‘carretinha’ com ímã, redes de coleta e espectrômetro de massa”.

A teoria do físico é que a resistência extrema do meteoro pode ser fruto de uma “origem artificial, lançado há um bilhão de anos por uma civilização tecnológica distante”.

 

Vista do porto Moresby, em Papua-Nova Guiné (Foto: Wikimedia/Mark Matson/Creative Commons)

 

A expedição oceânica pretende usar o navio para liberar sete “carretinhas” magnéticas ligadas a um cabo extremamente longo.

“Rebocaremos as carretas com ímãs, câmeras e luzes no fundo do oceano dentro de um quadrado área de busca de 10 km por 10 km. Várias fontes [de dados] foram usadas para restringir o local de pesquisa a esse quadrado relativamente pequeno”, comenta Loeb, citado pelo jornal.

O tamanho dos fragmentos a serem procurados depende da composição do meteoro. Caso seja formado por ferro, o físico prevê cerca de mil fragmentos maiores que um milímetro. Se a rocha espacial for composta de aço inoxidável, a equipe espera encontrar dezenas de pedaços maiores que um centímetro.

Caso Avi Loeb recupere a “relíquia tecnológica alienígena”, conforme prometeu a Paola Antonelli, curadora do Museu de Arte Moderna (MoMA), o material será levado para Nova Iorque, para ser exposto no MoMA.

De acordo com o The Guardian, a expectativa é que a expedição seja lançada no Verão (hemisfério norte) deste ano, entre 21 de junho e 23 de setembro.

“Há uma chance de falharmos […] Afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”, diz Avi loeb.

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