Bem-Estar

Vitamina B6 pode ajudar a reduzir sintomas de depressão e ansiedade, diz estudo

Cientistas descobrem que o nutriente pode ajudar o cérebro na produção de composto que gera efeito calmante

Por João Paulo Martins  em 19 de julho de 2022

(Foto: Freepik)

 

Estudo publicado na revista científica Human Psychopharmacology: Clinical and Experimental nesta terça (19/7) revela que suplemento de vitamina B6 (piridoxamina, piridoxina e piridoxal) pode ajudar a reduzir os efeitos da depressão e da ansiedade.

Como mostra a emissora britânica Sky News, jovens adultos estudados por pesquisadores da Universidade de Reading, no Reino Unido, relataram a diminuição desses sintomas após um mês de ingestão do nutriente.

A vitamina B6 é conhecida por aumentar a produção de ácido gama-aminobutírico (GABA) no organismo, um composto químico capaz de bloquear impulsos nervosos no cérebro.

De acordo com o pesquisador David Field, principal autor do estudo, citado pela Sky News, essa vitamina “ajuda o corpo a produzir um ‘mensageiro’ químico específico que inibe impulsos no cérebro, e nosso estudo liga esse efeito calmante à redução da ansiedade entre os participantes”.

Cerca de 478 voluntários participaram da pesquisa da Universidade de Reading e receberam aleatoriamente placebo, vitamina B6 ou vitamina B12 em doses superiores à recomendada.

A B12 mostrou pouca diferença em relação ao placebo, mas a B6 gerou um efeito notável nos participantes e aumentou os níveis de GABA, segundo o estudo.

Apesar de ser amplamente vendida em forma de suplemento, a vitamina B6 pode ser naturalmente encontrada em alimentos como atum, carne vermelha, grão de bico e muitas frutas e vegetais.

David Field diz à emissora britânica que pesquisa está em um estágio inicial e que os efeitos são “muito restritos” em comparação com a medicação. Ainda assim, a B6 poderia ser combinada com as terapias tradicionais.

“Uma opção potencial seria combinar suplementos de vitamina B6 com terapias de fala, como Terapia Cognitivo Comportamental, para aumentar seu efeito”, comenta o pesquisador.

Ele acrescenta que outros benefícios são as “intervenções baseadas em dietas, que produzem bem menos efeitos colaterais desagradáveis do que os remédios”.

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