Bem-Estar

Substância presente no café pode ajudar a evitar a sarcopenia em idosos

Cientistas espanhóis afirmam que o harmol, comum no café, pode ser um aliado contra a perda de massa muscular na terceira idade

Por João Paulo Martins  em 04 de agosto de 2023

(Foto: Freepik)

 

Um estudo publicado em maio deste ano na revista científica Nature Communications revela que o café não é apenas uma bebida revigorante, mas pode ajudar a evitar problemas de saúde associados ao envelhecimento.

Segundo o jornal espanhol Última Hora, cientistas do instituto Imdea Food descobriram que a substância harmol presente no café, e que pertence à família das betacarbolinas, tem a capacidade de melhorar a função do sistema músculo esquelético e de alguns parâmetros metabólicos relacionados à qualidade de vida dos idosos.

O envelhecimento é frequentemente associado à deterioração progressiva dos tecidos (sarcopenia), o que pode levar à perda de força e mobilidade, bem como ao aumento da suscetibilidade a doenças crônicas. No entanto, o estudo atual sugere que o consumo regular de café pode neutralizar alguns desses problemas.

De acordo com os pesquisadores, o harmol estimula a função das mitocôndrias (estrutura celular) e melhora a saúde metabólica. As mitocôndrias, muitas vezes descritas como as "potências" das células, são essenciais para manter a saúde em dia e viver mais tempo. Harmol parece atuar como um “aditivo”, melhorando a eficiência das mitocôndrias e promovendo um metabolismo saudável.

A substância presente no café também pode melhorar a qualidade de vida na velhice ao retardar a sarcopenia. Ela fortalece a musculatura esquelética, podendo aumentar a resistência e a força física, ajudando o idoso a manter sua independência e melhorar a qualidade de vida.

É importante observar, no entanto, que embora as descobertas sejam promissoras, mais pesquisas são necessárias para entender os mecanismos associados aos efeitos benéficos do harmol. Além disso, os efeitos do café podem variar dependendo de fatores como genética e estilo de vida.

O estudo também não informa a quantidade da bebida que deve ser ingerida para melhorar a saúde na velhice.

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