Bem-Estar

Seguir um estilo de vida mediterrâneo pode reduzir em 29% o risco de morte, diz estudo

Além disso, descansar periodicamente, fazer exercícios e socializar com amigos e parentes pode reduzir as mortes por problemas cardiovasculares

Por João Paulo Martins  em 19 de agosto de 2023

O estilo de vida mediterrâneo pode reduzir em 29% o risco de morte por qualquer motivo (Foto: Freepik)

 

Estudo publicado na última quarta (16/8) na revista científica Mayo Clinic Proceedings revela que seguir um estilo de vida mediterrâneo pode ser a chave para uma vida mais longa e saudável. Os pesquisadores descobriram que esse padrão de comportamento, que inclui dieta rica em vegetais, frutas, peixes e grãos integrais, pode reduzir em 29% o risco de morte.

O estilo de vida de quem vive na região do mar Mediterrânico se baseia em diversos fatores, como arranjar tempo para socializar, para descansar e para praticar atividades físicas, além de comer alimentos saudáveis, restringindo a ingestão de açúcar e sal. As pessoas que seguem esse preceito são menos propensas a morrer prematuramente ou em decorrência do câncer, de acordo com os cientistas.

A pesquisa descobriu ainda que quem descansam bastante, se exercita e reserva tempo para ficar com amigos ou familiares tem menos chances de morrer de ataque cardíaco ou derrame.

Para chegar a essas conclusões, foram analisados dados sobre a dieta e o estilo de vida de 110.799 voluntários de 45 a 70 anos que participaram durante nove anos do estudo UK Biobank

O estudo, liderado pela Universidade Autônoma de Madrid, na Espanha, e pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, focou nas informações sobre o consumo de alimentos típicos da região mediterrânea, com restrição de sal e ingestão de bebidas saudáveis, além, claro, dos hábitos diários, incluindo tirar sonecas regulares, fazer exercícios e passar tempo com amigos e parentes.

Os participantes que seguiam a maioria dessas características foram considerados tendo maior adesão ao estilo de vida mediterrâneo.

 

Os benefícios da dieta mediterrânea já são conhecidos há tempos (Foto: Freepik) 

 

Como mostra o jornal britânico The Independent, cerca de 4.247 voluntários morreram durante o decorrer do estudo, sendo 2.401 de câncer e 731 de doenças cardiovasculares, incluindo ataques cardíacos e derrames.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que seguiam um estilo de vida mediterrâneo tinham 29% menos chances de morrer por qualquer fator e 28% menos risco de falecer devido ao câncer.

Quem descansava bastante e se exercitava, ao mesmo tempo em que reservava tempo para se socializar com amigos e familiares apresentaram menor chance de morrer em decorrência de doenças cardiovasculares.

“Nosso estudo sugere que é possível que populações não mediterrâneas adotem a dieta do Mediterrâneo, comendo produtos regionais, e sigam o estilo de vida mediterrâneo, dentro de seus próprios contextos culturais. Isso gera efeitos positivos na saúde”, comenta a pesquisadora Mercedes Sotos Prieto, da Universidade Autônoma de Madrid, uma das autoras do estudo, citada pelo jornal britânico.

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