Bem-Estar
Redes sociais estão afetando a saúde mental dos jovens
Estudo britânico aponta declínio do bem-estar e da autoestima de adolescentes de 14 anos, que piorou com a quarentena
A saúde mental dos adolescentes está sendo prejudicada pelo uso intenso das redes sociais, conclui um estudo realizado pelo Instituto de Políticas Educacionais e pelo The Prince’s Trust, ambas instituições do Reino Unido.
A pesquisa revela que o bem-estar e a autoestima eram semelhantes em todas as crianças em idade escolar.
O bem-estar de meninos e meninas é afetado aos 14 anos, mas a saúde mental das garotas cai significativamente em seguida, conforme o estudo publicado em janeiro na revista Young People’s Wellbeing.
A falta de exercícios é outro fator contribuinte – agravado pela pandemia, afirmam os pesquisadores.
De acordo com a pesquisa:
- Uma em cada três meninas estava insatisfeita com sua aparência pessoal aos 14 anos, em comparação com uma em cada sete no final da escola primária
- O número de jovens com provável doença mental aumentou para um em seis (era um em nove em 2017)
- Os meninos na última fase da escola primária tinham baixa autoestima aos 14 anos do que seus pares
O bem-estar de ambos os sexos caiu durante a adolescência, com as meninas experimentando um declínio maior, afirma o relatório.
No entanto, os especialistas reconhecem que a autoestima e o bem-estar das meninas se estabilizam à medida que chegam ao final da adolescência, enquanto para os meninos continua a cair.
Internet causando problema
O uso intenso das redes sociais foi associado a bem-estar e autoestima negativos, independentemente do estado mental do jovem, com mais meninas experimentando sentimentos de depressão e desesperança.
A pesquisa recém-publicada usou dados de 5.000 jovens ingleses.
Renda familiar, exercícios e saúde materna precária também contribuíram para o estado mental dos jovens, conclui o estudo.
A prática regular de atividade física teve um impacto positivo em ambos os sexos.
“A participação em atividades e esportes diminuiu drasticamente devido ao fechamento e bloqueio de escolas na quarentena, provavelmente afetando negativamente a saúde mental e o bem-estar”, diz trecho do relatório.