Bem-Estar

Que tal tratar ejaculação precoce com choques no pênis?

Cientistas dizem que o novo – e polêmico – tratamento pode ser uma opção não farmacológica para quem tem esse problema sexual

Por João Paulo Martins  em 13 de abril de 2022

(Foto: Freepik)

 

Para os homens que sofrem de ejaculação precoce, normalmente associada à ansiedade, cientistas criaram um tratamento que se mostra eficaz contra o problema. A má notícia é que envolve colocar eletrodos presos ao pênis em sessões de 30 minutos de “choque”, três vezes por semana.

Publicado em fevereiro no periódico científico Asian Journal of Urology, o estudo que traz a nova terapia envolveu um voluntário de 28 anos que tinha uma “latência da ejaculação intravaginal” média, ou seja, o tempo que leva para ejacular, de 40 segundos.

De acordo com o site britânico LAD Bible, após 24 semanas de tratamento, ele aumentou a latência média para 3,9 minutos e, na semana 60, chegou a 4,9 minutos.

Como exatamente funciona a terapia? Bem, os cientistas ainda não sabem explicar totalmente. Mas como mostra o site britânico, o estudo afirma que possivelmente se relaciona ao efeito da estimulação do nervo peniano dorsal na bexiga hiperativa.

“A estimulação do nervo pode inibir as saídas ejaculatórias parassimpáticas e modular o núcleo de Onuf [relacionado à bexiga] na medula espinhal sacral, que inibe a resposta motora dos músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso. O nervo também é um ramo direto do nervo pudendo e, portanto, tem, em teoria, acesso mais curto aos nervos que controlam a função do trato urinário inferior”, afirmam os cientistas, citados pelo LAD Bible.

A pesquisa não diz se esse tratamento causou algum desconforto ao homem. Além disso, está claro que são necessários novos testes e com mais participantes antes que qualquer conclusão decisiva possa ser feita sobre sua eficácia, mas os pesquisadores acreditam que seja um indicativo de “tratamento não farmacológico seguro para ejaculação precoce”.

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