Bem-Estar
Obesidade e sobrepeso podem agravar a covid-19
Segundo estudo realizado nos EUA, 78% dos infectados pelo coronavírus que foram hospitalizados ou morreram tinham excesso de peso
Cerca de 78% dos americanos que foram hospitalizados, precisaram de respirador ou morreram devido à covid-19 estavam com sobrepeso ou obesidade, de acordo com estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention ou CDC) dos Estados Unidos.
O relatório avaliou mais de 148.000 adultos que receberam diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em 238 hospitais americanos entre março e dezembro de 2020. Desse total de pacientes, mais de 28% estavam com sobrepeso, enquanto 50% eram obesos.
Para o CDC, excesso de peso representa índice de massa corporal (IMC) de 25 a 30 e obesidade quando chega a mais de 30.
O relatório aponta que os riscos de hospitalizações, admissão na UTI e morte foram menores para pessoas com IMC inferior a 25.
“As descobertas destacam as implicações clínicas e de saúde pública de IMC mais elevado, incluindo a necessidade de tratamento mais dedicado à covid-19 conforme aumenta a gravidade da obesidade. A promoção de estratégias de prevenção da covid-19 incluem prioridade e alcance contínuos das vacinas e políticas para garantir o acesso da comunidade à nutrição adequada e a atividades físicas que promovam e apoiem um IMC saudável”, diz trecho do relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Obesidade no Brasil
De acordo com os dados de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, 96 milhões de brasileiros (60,3% da população adulta) apresentam IMC maior que 25, sendo classificadas com excesso de peso.
As taxas mais elevadas foram encontradas entre as mulheres. Conforme o IBGE, 62,6% das mulheres estão com sobrepeso, enquanto o valor entre os homens chega a 57,5%.
A pesquisa revela ainda que, apesar de o excesso de peso prevalecer nas mulheres, desde 2002 as taxas de sobrepeso em adultos com mais de 20 anos têm aumentado em ambos os sexos.