Bem-Estar

Medicina ayuvérdica pode ajudar pessoas com diabetes tipo 2, afirma estudo

Os medicamentos da Ayurveda podem ajudar no controle do açúcar no sangue, do peso corporal, da pressão arterial e outros sintomas presenets em diabéticos

Por João Paulo Martins  em 10 de junho de 2022

Medicamentos ayurvédicos são comuns na Índia e em outros países do sul da Ásia (Foto:  Wikimedia/Hans Vivek/Creative Commons)

 

Especialistas sugerem que vários produtos das medicinas tradicionais do sul da Ásia podem ajudar pacientes com diabetes tipo 2, controlando a doença metabólica.

No estudo publicado na última quarta (8/6) na revista científica Frontiers in Pharmacology, foram analisados medicamentos usados na Ayurveda, medicina tradicional da Índia e de outros países asiáticos.

Segundo o jornal britânico The Independent, além de controlar o nível de açúcar no sangue de diabéticos, os medicamentos ayurvédicos podem ajudar no peso corporal, pressão arterial, colesterol e outros sintomas relacionados ao diabetes.

Cientistas realizaram de forma inédita a revisão de 219 estudos, incluindo 199 ensaios clínicos randomizados envolvendo 21.191 participantes e 98 medicamentos ayurvédicos, contendo ingredientes de origem vegetal, animal ou mineral, tanto simples quanto em combinações.

A medicina ayrvédica tem altos níveis de aceitabilidade, satisfação e alívio percebido, particularmente entre comunidades rurais, pobres, idosas e indígenas, de acordo com os pesquisadores, citados pelo jornal britânico.

Esse tipo de terapia inclui remédios fitoterápicos, óleos medicinais, dietas especializadas, meditação, ioga e massagens.

“É a primeira vez que uma revisão completa foi feita analisando todos esses medicamentos em escala tão grande. As evidências atuais sugerem os benefícios de uma variedade de medicamentos ayurvédicos para melhorar o controle glicêmico em pacientes do tipo 2. Dadas as limitações das evidências disponíveis e para fortalecer essa base, ensaios clínicos randomizados de alta qualidade devem ser conduzidos e relatados”, comenta o pesquisador Kaushik Chattopadhyay, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, um dos autores do estudo, citado pelo The Independent.

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