Bem-Estar

Lúpulo usado na fabricação de cerveja pode ajudar a prevenir Alzheimer, diz estudo

Cientistas analisaram quatro tipos de lúpulo e o chamado tettnang, típico da Alemanha, se mostrou o mais benéfico para a saúde

Por João Paulo Martins  em 09 de novembro de 2022

(Foto: Freepik)

 

Cervejas elaboradas com muito lúpulo (Humulus lupulus), como as do tipo indian pale ale (IPA), podem ser a chave para prevenir a doença de Alzheimer, sugere estudo publicado no final de outubro na revista científica ACS Chemical Neuroscience.

Os extratos da flor de lúpulo são usados ​​como agentes estabilizadores na produção de cerveja, mas costumam ser um dos principais ingredientes na bebida do tipo IPA. Esse componente natural também está presente em chás de ervas e alguns refrigerantes, explica a versão britânica do jornal Metro.

Na pesquisa recente, cientistas descobriram que o lúpulo pode ser capaz de impedir que as proteínas beta amiloides se aglomerem em torno das células cerebrais, o que é uma das características da doença neurodegenerativa.

De acordo com o jornal, os cientistas também confirmaram as propriedades antioxidantes do ingrediente usado na cerveja.

Foram analisadas quatro variedades de lúpulo: cascade, saaz, tettnang e summit. Elas foram expostas às proteínas amiloides de células nervosas humanas. O estudo revela que o extrato vegetal é capaz de desencadear um processo de renovação chamado vias autofágicas, no qual a célula se decompõe e reutiliza partes de estruturas antigas para aumentar a eficiência.

Como mostra o Metro, o lúpulo tettnang, cultivado na Alemanha, teve o melhor desempenho, incentivando ainda mais a eliminação do excesso de proteínas no cérebro devido aos seus altos níveis de antioxidantes.

Esse tipo de lúpulo costuma ser usado em cervejas diferenciadas e mais leves.

Embora as descobertas não sugiram que as pessoas devam beber mais cerveja, pois o álcool é um fator de risco para a doença de Alzheimer, os pesquisadores afirmam que o lúpulo pode ser base para alimentos que ajudem a prevenir o risco de doenças neurodegenerativas.

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