Bem-Estar

Diabéticos do Reino Unido testarão “pâncreas artificial” que elimina uso de medidor de glicose

Foram selecionados mil pacientes que usarão a tecnologia inovadora que monitora os níveis de açúcar no sangue e libera a quantidade certa de insulina

Por João Paulo Martins  em 16 de junho de 2021

(Foto: Shutterstock)

O National Health Service (NHS ou Serviço Nacional de Saúde) do Reino Unido anuncia que testará uma espécie de pâncreas artificial em mil pacientes que sofrem com diabetes tipo 1.

Os diabéticos receberão o sistema de “circuito fechado”, ou seja, ele monitora continuamente os níveis de glicose no sangue e usa os dados para ajustar automaticamente a dose de insulina fornecida por uma bomba injetora externa.

De acordo com o site americano de notícias de saúde Pharmaphorum, a nova tecnologia faz com a bomba injetora possa variar a distribuição de insulina caso o açúcar livre no sangue comece a ficar muito baixo ou muito alto, como após a prática de exercícios físicos ou durante o sono.

Atualmente, pessoas com diabetes podem usar um sensor fixo na pele que monitora o nível de glicose por meio de um aplicativo para celular. Porém, o próprio usuário precisa injetar insulina, caso seja necessário.

O “pâncreas artificial” ajudará a eliminar o uso constante de aparelhos de medição de glicose e prevenir ataques de hipoglicemia, que podem causar problemas graves, inclusive morte.

“Viver com diabetes é um desafio diário para milhões de pessoas […] e essa tecnologia tem o potencial de fazer uma diferença notável em suas vidas. Em um ano que marca um século desde que a insulina foi descoberta, essa inovação é um excelente exemplo do progresso contínuo do NHS na medicina e tecnologia modernas”, afirma Simon Stevens, presidente-executivo do Serviço Nacional de Saúde, citado pelo site especializado.

Os dados do teste alimentarão uma pesquisa de sistemas de circuito fechado para diabéticos tipo 1 do Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido, que está avaliando se a tecnologia deve ser disponibilizada por meio do NHS. A decisão é esperada para o início de 2022, segundo o Pharmaphorum.

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