Canadenses criam calculadora de risco de demência

Pesquisadores canadenses criaram uma calculadora online que ajuda pessoas acima de 55 anos a entenderem como está a saúde de seus cérebros e a minimizarem o risco de demência nos próximos cinco anos.

A tecnologia, que usa algoritmo, consta do estudo publicado na última quinta (24/6) no periódico científico Journal of Epidemiology and Community Health. A calculadora está disponível na internet (em inglês) e foi baseada em dados de 75.000 voluntários participantes da Pesquisa de Saúde da Comunidade Canadense, da Statistics Canada.

Como se sabe, a demência é um termo genérico para perda de memória e de outras habilidades mentais, graves o suficiente para interferir na rotina do paciente. Não há cura ou tratamento.

No entanto, cerca de um terço da demência pode ser evitado por meio de mudanças no estilo de vida, como inclusão de atividade física, alimentação saudável, redução do uso de álcool e tabaco e controle de condições como diabetes e hipertensão.

“O diferencial da nossa calculadora de risco de demência é que você não precisa visitar um médico para nenhum teste. As pessoas já têm todas as informações de que precisam para preencher a calculadora no conforto de suas casas”, afirma a pesquisadora Stacey Fisher, da Universidade de Ottawa, no Canadá, principal autora do estudo, citada pelo site de notícias de ciências EurekAlert.

De acordo com o estudo, os fatores de risco presentes na ferramenta online incluem:

• Idade
• Tabagismo
• Consumo de álcool
• Atividade física
• Estresse
• Dieta
• Sensação de pertencimento
• Etnia
• Situação socioeconômica de onde mora
• Educação
• Atividades que demandam assistencialismo
• Estado civil
• Número de línguas faladas
• Saúde geral

A calculadora pode ser usada por indivíduos para avaliar o risco de demência e ajudar a modificar o estilo de vida, afirmam os pesquisadores, que acreditam que ela sirva também para autoridades públicas atuarem em prol da população em geral.

Como mostra o EurekAlert, a calculadora pode prever o número de novos casos de demência na comunidade; identificar populações de alto risco; e informar estratégias de prevenção. Isso porque os dados gerados pelos usuários poderão ser usados pelos governantes.