Alimentação

Quer reduzir a inflamação? Aprenda com a Tanzânia

Segundo estudo recente, os alimentos da dieta tradicional dos tanzanianos são ricos em flavonoides, que evitam as inflamações

Por João Paulo Martins  em 15 de março de 2021

Quem quer se alimentar de forma saudável, deve trocar a carne vermelha e outros alimentos ricos em gordura saturada por proteínas magras como o salmão. Cientistas descobriram que a dieta tradicional da Tanzânia, na África, ajuda a reduzir a inflamação.

O estudo, publicado na revista científica Nature Immunology no final de fevereiro, avalia como a saúde dos tanzanianos que vivem em áreas urbanas (com dieta mais “ocidentalizada”, tipo a dos EUA) se compara à dos que vivem em áreas rurais.

Os pesquisadores descobriram que os moradores das cidades da Tanzânia apresentavam mais inflamação do que os que seguiam a dieta tradicional do país.

“O que observamos é que as dietas tradicionais na Tanzânia contêm grandes quantidades de produtos ricos em flavonoides, incluindo painço, sorgo e vegetais, que possuem propriedades anti-inflamatórias”, comenta o pesquisador Mihai G. Netea, do Centro Médico da Universidade de Radboud, nos Países Baixos, um dos autores do estudo, em entrevista ao site Eat This, Not That!

Segundo ele, é provável que o consumo de flavonoides contribua para uma resposta imunológica mais equilibrada, com ausência de inflamação, que está associada a doenças metabólicas e cardiovasculares.

Dieta para ser saudável

A dieta da Tanzânia também inclui uma grande diversidade de alimentos ricos em macronutrientes (gorduras boas, proteínas e carboidratos) essenciais para manter a saúde ideal.

“Para maximizar a saúde, uma dieta balanceada é essencial. A alimentação tradicional da Tanzânia inclui alimentos diversificados que promovem uma vida saudável, como frutas, vegetais, grãos inteiros e legumes”, Wafaie Fawzi, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (RUA), que não participou do estudo, também em conversa com o site especializado.

Já a dieta típica ocidental, como a dos Estados Unidos, apresenta um grande “consumo de alimentos não saudáveis, incluindo grandes quantidades de carne vermelha e processada e carboidratos refinados e açúcar”, de acordo com Fawzi.

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