Alimentação
Doce de leite falso da Havanna é encontrado na cidade de Iguazú, na Argentina
Anmat, espécie de Vigilância Sanitária argentina, descobriu a falsificação e já proibiu a comercialização do produto
A pirataria não poupa nem os alimentos. A Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat) da Argentina, espécie de Vigilância Sanitária, descobriu e proibiu a venda de um doce de leite falsificado da famosa marca Havanna. Conforme a Anmat, o produto traz no rótulo os dizeres "doce de leite sem glúten da marca Havanna" e é vendido em embalagem de papelão.
"Não atende às normas vigentes por se tratar de um produto falsificado que utiliza a informação de um alimento genuíno, carece de registro e é falsamente rotulado", diz a instituição, citada pelo jornal argentino Cronista.
O doce de leite pirata não só carece de registro e é uma cópia da marca reconhecida por seus alfajores, também traz a indicação da ausência de glúten, o que implica um risco extra para quem é celíaco.
Segundo o jornal, por enquanto, o produto adulterado foi encontrado em, pelo menos, quatro lojas na cidade de Iguazú, na província de Misiones, na Tríplice Fronteira formada por Argentina, Brasil e Paraguai. Isso é um problema também para os brasileiros, pois muitos costumam ir até a cidade argentina fazer compras. O doce de leite falsificado também está à venda na edição brasileira do Mercado Livre.
As embalagens de papelão trazem "características aparentemente normais de identificação, embalagem e rotulagem", como explica a Anmat, citada pelo Cronista, semelhantes às da Havanna tradicional, e é apresentada em versões de 500 gr e um quilo.
O problema é que, quando a "Vigilância Sanitária" da Argentina consultou a empresa original, que tem sede na cidade de Mar del Plata, a Havanna confirmou que se trata de um doce de leite cuja embalagem não é mais fabricada. Os produtos vendidos em potes de papelão não deixaram o mercado em fevereiro de 2020.
Além disso, o rótulo do doce de leite pirata 'é feito de papel e se desfaz, enquanto os usados pela Havanna são de polipropileno [tipo de plástico]", afirma a Anmat, citada pelo jornal argentino.