Alimentação
Comer fritura toda semana aumenta o risco de problemas cardíacos, diz estudo
Pesquisadores avaliaram 23 estudos que associaram alimentos fritos a doenças cardiovasculares e morte prematura
O consumo regular de frituras pode representar risco para a saúde do coração, especialmente porque estimulam o surgimento de inflamação. Mas quantas porções de batatas fritas são necessárias para aumentar o risco de doenças cardiovasculares?
Comer um pouco de batata frita regularmente já é um problema, sugere um estudo analítico publicado no site da revista científica Heart em janeiro deste ano.
Os cientistas avaliaram 17 estudos que relacionavam alimentos fritos e problemas como ataques cardíacos, artérias coronárias obstruídas, insuficiência cardíaca e derrame.
Essa análise incluiu dados de mais de 550.000 pessoas, registrando cerca de 36.000 casos de doenças cardiovasculares graves, como ataque cardíaco e derrame.
Os pesquisadores também analisaram informações de outros seis estudos que associaram ingestão de frituras e morte prematura. Neste caso, estavam envolvidas mais de 750.000 pessoas, com quase 86.000 mortes registradas no período de 9,5 anos.
Resultado da análise
De acordo com os cientistas, quem ingeria mais alimentos fritos toda semana teve 28% mais chance de ter problemas cardíacos, em comparação com pessoas que comeram menos.
Cada porção adicional de 114 gr de fritura semanalmente aumenta o risco geral em 3%.
Vários estudos incluíram apenas um tipo de alimento frito, como peixe, batata e salgadinhos, ao invés do consumo total de frituras, o que pode ter subestimado as associações encontradas, sugerem os pesquisadores no artigo da revista Heart.
Além disso, a análise falhou em mostrar que as pessoas que comiam muitos alimentos fritos tinham maior probabilidade de morrer prematuramente.
Ainda assim, os cientistas alertam que além de provocar inflamação, as frituras costumam ser ricas em sódio e também em gorduras saturadas, considerados prejudiciais para a saúde do coração e do sistema circulatório.