Alimentação
Comer abacate regularmente pode reduzir o risco de doenças cardíacas, diz estudo
Cientistas descobriram que substituir as gorduras ruins por abacate pode gerar um risco 21% menor de doença coronariana
Comer duas ou mais porções de abacate (uma fruta inteira) por semana pode reduzir o risco de doença cardíaca em 21%, de acordo com estudo publicado na última quarta (30/3) na revista científica Journal of the American Heart Association.
Abacates contêm altos níveis de fibras, gorduras saudáveis e outros nutrientes essenciais, incluindo magnésio e vitaminas C, E e K. Na pesquisa, cientistas analisaram o consumo de abacate e as condições de saúde de mais de 100.000 pessoas por vários anos, informa o jornal britânico The Telegraph.
Eles descobriram que, além de uma redução de 21% no risco de problemas coronarianos, houve queda de 16% na probabilidade de desenvolver qualquer outra doença cardiovascular.
“Nosso estudo fornece novas evidências de que a ingestão de gorduras insaturadas de origem vegetal pode melhorar a qualidade da dieta e é um componente importante na prevenção de doenças cardiovasculares”, diz a pesquisadora Lorena Pacheco, da Universidade de Harvard (EUA), principal autora do estudo, citada pelo jornal britânico.
Durante o acompanhamento de 30 anos, mais de 14.000 casos de problemas relacionados ao coração foram registrados, incluindo 9.185 ataques cardíacos e 5.290 derrames. A pesquisa descobriu que substituir meia porção diária de margarina, manteiga, ovo, iogurte, queijo ou carnes processadas, como bacon, pela mesma quantidade de abacate, levou a uma queda no risco de eventos cardiovasculares em cerca de 20%, segundo o The Telegraph.
Recomendar essas trocas aos pacientes, argumenta Lorena Pacheco, é algo que médicos e nutricionistas podem fazer sem preocupação, tendo em vista o resultado do estudo.
Curiosamente, substituir meia porção diária de abacate pela mesma quantidade de azeite, nozes e outros óleos vegetais não ofereceu benefícios adicionais. Também não foram encontradas relações entre a ingestão regular da fruta e o risco de acidente vascular cerebral (AVC).